Chegou a hora

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Por Amanda

Eu não sou descontrolada, e nunca fui; Eu não sou desorientada, sempre soube exatamente onde ir e onde estou;  Eu não sou fácil de lidar; Eu não sou tímida e meiga; Eu não sou ingênua ou inocente; Eu não sou adorável; Eu não sou insegura ou impulsiva; Eu não sou fácil de se enganar... E é ai que eu vejo que mesmo convivendo comigo por mais de 10 anos, Anastásia, não me conhece...

Ela está tentando me manipular? A mim, serio? Dá até vontade de gargalhar na cara dela com esse teatro que ela está fazendo... fazendo de conta que não sabe que Carla está aqui por mim, sempre foi.

Anastásia pensa que eu não sei, mas eu sei há algum tempo, acredito que mesmo antes de entrar no sistema do governo e vê fotos dos meus irmãos, irmãs e "pai"; Eu não sei se é dádiva ou maldição, mas eu nunca esqueço...

Eu posso olhar por segundos algo, depois eu descrevo exatamente igual... Com a força de detalhes surpreendente.

Eu desde que nasci, me vejo e me sinto diferente, eu quando criança não sabia, mas me sentia... eu chorava como qualquer outra, mas nunca me desesperava, eu conheci meu pai e senti nele a proteção que faltava para equilibrar o inferno dentro de mim... Na minha pré -adolescência não foi diferente, eu descobria coisas não só em mim, mas em tudo antes, lia muito e leio até hoje, e descobria que as coisas que eu vivia e sentia aos meus 12 anos, uma jovem de 16 anos, estava sentindo; Minha maturidade, sempre foi impressionante, por isso sempre me senti bem, acompanhada de pessoas mais velhas, meus interesses "românticos" também, o único que não condiz com isso, é o idiota do Alex que me desestruturou como pessoa e meus sentimentos e pela situação vivida com coisas que eu já sei, dentro de mim, eu já sabia, só que por um momento débil da adolescência, me deixei viver na ilusão, como tantos outros jovens fazem...

Mas eu não sou uma adolescente qualquer, eu não faço a linha da menininha, eu sou exatamente o contrário de tudo...

Essa sou eu, e sei que tudo que aprendi com meu pai e tudo que vivi com meu outro "pai", me fizeram quem eu sou.

...

Hoje eu sei que algo vai acontecer, eu vi nos olhos dela no café; Eu vi nos olhos daqueles dois homens que estavam com Christian, Taylor e os demais indo para uma "conversa" no escritório, eu senti que algo não estava bom...

...

Pedi no café para não ir a empresa, arrumei o quarto limpei tudo com a ajuda do Louis.

Dormi quase 45 minutos e acordei menos tensa, comecei a me preparar para o encontro de mais tarde...

Na mochila: mac, bloqueador, livro (do qual não leio), chave mestra, minha bolsa menor transversal com o que realmente vou precisar, pois conhecendo Ana vai implicar logo com minha mochila...

-Vamos? (Ana aparece no meu quarto)

Ela está com um semblante confuso e irritado, acho que lutando contra si mesma, se deve ou não se render as chantagens da Carla, mas eu sei que mesmo ela estando assim (não é bom por mim, é mais pelo namorado), afinal filha e mãe são egoístas e isso já não me deixa criar expectativas...

-Você vai assim? Para que essa mochila e esse livro?

-Você vai assim? Para que essa mochila e esse livro?

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Christian, Anastasia e eu(concluida).Onde histórias criam vida. Descubra agora