33- DEDO DURO

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BY LARISSA LEAL

-Sem sono? - pergunto para a Anne, agora que acampei de vez na sala ela veio me fazer companhia. Sinto-me vigiada o tempo inteiro e é constrangedor demais ficar em um lugar onde você não é aceita a Anne é a única que não desconfia de mim e eu confesso que às vezes sinto vontade de matar o pai dela, ele consegue ser gostosamente insuportável ás vezes.

Pego meu celular pela milésima vez e releio a charada.

Uma peça ao seu lado cairá pelas suas próprias mãos...

E caiu. Penso com tristeza no Henrique, a qual eu não pude sequer me despedir direito, tento ser forte ao encontrar os olhos de Anne que apenas me abraça:

-Eu estou aqui pra você, quando o Filipe se foi eu senti uma dor tão grande que não cabia no peito. Eu desabei e nunca esquecerei daquele garoto loiro que brilhava como um raio de sol iluminando os meus dias. Mas, se esse pen drive é capaz de desarticular uma quadrilha tão poderosa a morte do Henrique e a do Filipe não terá sido em vão. Vamos entregar o pen drive pra polícia!

-Eles não querem... - lembro da conversa com o Khalid ele não confia na polícia brasileira, ele julga e dá a sentença, quer matar toda a família do Hélio Júnior, eu gosto tanto da Anne, mas esse Khalid deveria ser denunciado, como repórter investigativa eu deveria entregá-lo, e como cidadã também.

-Nós queremos! - Anne afirma, mas enxergo um olhar travesso nela e me arrependo de pensar em entregar o árabe, dá pra ver nos olhos dela o quanto ela o ama.

-Anne, o que tem no pen drive é muito sério, temos que pensar, eles não estão pra brincadeira, eles matam pessoas!

-Desculpe Larissa estava pensando em outro assunto que preciso resolver...

-Esse assunto é com um árabe assustador? Anne o que você vai aprontar? Pensa bem... Ele é um pouco...

-Eu sei - Anne fala astuta - Mas ele precisa de uma boa lição! Se você prometer não me julgar eu conto tudo...

-Então me conte já, sua danadinha...

***

Anne sobe para o quarto saltitante e eu ainda não entendi direito essa tal vingança dela, mas se tratando desse árabe louco fico feliz em saber que é apenas travessura, nem sei se devo chamar de travessura, eu chamaria de uma travessura gostosa...

O celular toca e o meu coração estremece.

Larissa Leal você matou o seu amigo jornalista, que péssima colega de trabalho você é! O prêmio já é seu querida basta desembrulhar.

Ouço um ruído do lado de fora, e com o coração aos pulos me arrisco a olhar pela janela, vejo alguns homens do Khalid andando de um lado para outro, crio coragem e abro a porta.

No tapete de boas vindas que dona Gina colocou na entrada havia um pacote pequeno embrulhado com jornal antigo.

Eu queria gritar, e acordar daquele pesadelo. Um dedo polegar ainda manchado de sangue trazia um recado.

Isto é um verdadeiro dedo duro.

Joguei tudo para longe na vã tentativa de apagar da mente aquela cena horrível e corri para ele.

BY ANTÔNIO ROCHA

Larissa entra no meu quarto de madrugada e mesmo sonolento e no escuro consigo ouvir sua respiração ofegante de desespero.

-Só me abraça, por favor! Só me abraça, diz que isso vai acabar… eu não aguento. Eu não tenho essa força, por favor eu prefiro ser a próxima a morrer à viver nesse inferno!

Me lembro de Estela essa foi a última frase que ouvi da boca dela.

Prefiro morrer à viver nesse inferno...

Deixei aquela triste lembrança num cantinho da minha mente e fui atrás de descobrir o que apavorou Larissa a tal ponto de me procurar (mesmo com toda a raiva que ela estava de mim).

Rapidamente, descubro o que a deixou naquele estado, pergunto aos capangas do Khalid se alguém viu alguma coisa, mas ninguém viu nada como sempre.

Há um espião entre nós concluo. E prefiro não acordar o árabe para discutirmos sobre isso, conversar com ele é desgastante demais e ainda mais Larissa precisa de mim.

A encontro no quarto deitada toda encolhida, tapando os ouvidos como se uma bomba fosse explodir a qualquer momento, e o seu choro é de esmagar meu coração.

Tirei as mãos dos ouvidos dela e as segurei forte com as minhas próprias mãos.

-A mãe de Anne estudava jornalismo, era uma mulher encantadora, comunicativa, sorria para o mundo todo o tempo. Anne tem os olhos da mãe, profundos... Ela engravidou de Anne e eu egoísta a queria só pra mim, não queria dividi-la com uma criança, Estela morreu por minha causa, de forma cruel e covarde. Eu achei que não encontraria forças pra seguir em frente. Aquele era o meu limite. Mas sim eu consegui prosseguir porque o amor pela minha filha me impulsionava. Eu tinha tanto medo de me apaixonar de novo que trocava de mulher como se troca de roupa. Para cada dor existe um remédio, tenha certeza disso Larissa.

Coloco ela no meu colo, como se aninha uma criança, ela beija o canto da minha boca e murmura um sinto muito.

Ela acende a luz do abajur me olha com um olhar distante e pergunta:

-Não tem mais medo?

-Tenho medo o tempo inteiro Larissa, tento não demonstrar, mas desde que Estela se foi sinto medo o tempo todo...

-De se apaixonar? Não tem mais medo de se apaixonar?

Como vou explicar pra ela que eu já estou apaixonado!

Acaricio seu rosto com o polegar e murmuro um dorme Larissa - Você está em choque é normal pensar coisas sem sentido...

FALEI QUE VOLTARIA E VOLTEI! QUE SAUDADE EU ESTAVA DESSE MEU MUNDINHO PARALELO, É UMA DELÍCIA ESCREVER ESSA HISTÓRIA PRA VOCÊS.
MEUS TERRORISTAZINHOS SENTA QUE LÁ VEM SPOILER KKKK NO PRÓXIMO CAPÍTULO TEM A VINGANÇA DA ANNE E POSSO ADIANTAR QUE O ÁRABE VAI FICAR UMA FERA 💀💣
EU AVISO NO MEU MURAL QUANDO SERÁ A POSTAGEM DESSE CAPÍTULO BOMBÁSTICO.
GALERA DO INSTAGRAM QUE QUISEREM ME SEGUIR, PODE VIM COMIGO. ELE AINDA NÃO TEM MUITAS FOTOS, MAS VOU ADORAR COMPARTILHAR UM POUQUINHO DA MINHA VIDA COM VOCÊS.

PS: E QUEM APARECER POR LÁ USA A TAG #KHALANNE NA ÚLTIMA FOTO PRA EU SABER QUE VEIO DAQUI E SEGUIR DE VOLTA, VAMOS NOS CONECTAR 😂

📷🔄 ester.ribeiro1

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