BY ANTÔNIO ROCHA
-Olha a ex donzela lá! - um dos gêmeos fala, até hoje não sei identificar quem é quem.
-Ela pedala rápido né, que força nas pernas! Nossa ela sentava de cócoras em cima de você Delegado, aposto que sim... - o outro retardado falou e confesso que doeu relembrar nossa cama tão boa.
-Cala a boca seus idiotas! Para de falar besteira.
-Delegado, você tem que chegar mais perto pra gente poder pegar ela e levar de volta pra chácara! - um dos gêmeos insiste em matracar nos meus ouvidos.
-Depois de uns tapas naquela bunda arrebitada ela conta tudo, pra quem trabalha, tudo e mais um pouco...
Esses dois estão me dando nos nervos, sei que ela foi uma grande traíra, mas me incomoda eles falarem dessa forma dela, que merda! Respiro fundo e explico para eles o que será feito:
-Vamos segui-la de longe! Ela tem um encontro com um tal de Henrique, acho que é um Hacker, algo assim. Pra quê pegar um, se podemos ter dois de uma vez só!
-Ah entendi! Matar dois coelhos com uma cajadada só - um gêmeo tenta fazer cara de inteligente.
-NINGUÉM VAI MATAR NINGUÉM OK?! - grito com eles.
-Sim Sr! - os dois respondem em coro. Não entendo mesmo como eles fazem essas coisas.
Depois de algum tempo saímos da estrada de terra e alcançamos uma das estradas principais de Brasília, ela esconde a bicicleta no meio do mato e atravessa a rua, anda apressado por mais alguns metros até um ponto de táxi.
-Safadinha, ela vai pegar um táxi! - Clark ou Rich comenta.
-De olho vocês dois, a gente não pode perder ela de vista.
Um táxi pára e ela entra, conseguimos segui-la, meu coração dá pulos dentro do peito, me sinto traído de todas as formas possíveis.
Chegamos numa padaria de beira de estrada, bem próximo inclusive da onde ela pegou o táxi.
A padaria é grande e apesar do horário está bem movimentada, o que facilita as coisas.
-Um entra comigo, outro fica no carro para o caso de precisarmos sair depressa daqui!
Como eles não conseguem tomar a simples decisão de quem fica e quem vai, puxei um pela camisa e resolvi a discussão.
Peguei dois bonés para cobrirmos o rosto, ela estava sentada numa cadeira bem escondida, próximo ao balcão, só reconheci pelo cabelo que ficava a mostra, na padaria havia várias pilastras, então escolhi uma que ficava bem próxima a ela, mas como ela estava sentada de costas não podia me ver.
Vi quando um rapaz rechonchudo se aproximou dela todo desconfiado, escreveu algo num papel e empurrou para ela.
O cara olhava o tempo todo ao redor, por um momento achei que ele me encarou, não de um jeito intimidador, mais como um pedido de socorro.
Ele segurou as mãos dela, e deu um beijo em cada uma, senti meu corpo enrijecer automaticamente.
-Ciúmes Delegado? - o gêmeo bocudo falou, mas não deu tempo de retrucar.
A padaria era toda de vidro ao redor, dando uma ampla visão para quem está dentro e para quem está do lado de fora, e um grande mal estar me invadiu quando vi aquela caminhonete chegando acelerando, estacionando exatamente aonde o casal 20 estavam sentados, vi o brilho da arma, o vidro se estilhaçar e o meu próprio corpo correndo para puxar a Larissa para trás da pilastra comigo.
Os gêmeos atiravam sem parar, e a caminhonete saiu cantando pneu, mas ainda assim consegui vê a placa do carro.
A padaria tornou-se um tumulto de pessoas gritando, e correndo pra todos os lados, ouvi um obrigado abafado da Larissa, que quando viu que a caminhonete havia ido embora foi de encontro ao Henrique que estava caído no chão cercado por uma poça de sangue, seu grande corpo perfurado e inerte.
-Vamos embora daqui agora! - falei pra ela.
-Eu preciso usar o banheiro! - ela me respondeu pensativa.
-DROGA LARISSA! VAI LOTAR DE POLÍCIA AQUI, ME DÊ UM ÚNICO MOTIVO PRA CONFIAR EM VOCÊ?
-Antônio, eu só preciso de 5 minutos, até menos, decida por si só se você vai me esperar ou não, ela olha para o buraco que o gêmeo fez com a cadeira na parede de vidro estilhaçada, e aponta para o carro. Agora vai!
Entro no carro, e o gêmeo que está no volante já quer sair acelerando, mas eu não deixo.
-Vamos esperar ela!
-Gamou na gostosa em Delegado!
-O próximo que abrir a boca pra dizer alguma gracinha sobre a Larissa vai ficar sem dente!
Ela volta correndo e entra no carro, e então partimos de volta pra chácara.
-Obrigada!
-Não agradeça ainda... - respondo.
-Eu posso explicar tudo... - sua voz sai tremida.
-Agora não! - a tensão domina o ambiente, e nem os gêmeos atrevidos se atrevem a abrir a boca.
Assim que chegamos na chácara, Khalid está nos esperando na entrada posso ver nos olhos dele que ele quer a pele dela.
Ela olha assustada pra mim.
-Como lhe disse antes, eu resolvo isso!
-No quarto??? - os gêmeos começam a rir, até que eu disparo um soco direto no imbecil que estava mais perto de mim, Clark ou Richard, tanto faz...
-E VOCÊ VEM COMIGO! - e saio andando a arrastando pelo braço.
-Você está me machucando me solta! - ela tenta se livrar, mas não consegue.
-Eu ainda não estou te machucando, mas posso fazê-lo, tudo depende de você!
Ela começa a chorar, só que dessa vez ela não vai me dobrar com lágrimas.
MEUS AMORES, NÃO SEI SE É VISÍVEL PARA VOCÊS, MAS ESTAMOS SUBINDO NO RANKING E EU QUERO DIVIDIR ESSA ALEGRIA COM VOCÊS, ESTAMOS NA #20 POSIÇÃO ENTRE OS LIVROS DE AÇÃO, JÁ É POSSÍVEL ACHAR "ALCATÉIA" ENTRE OS LIVROS POPULARES. ESTOU SUPER ORGULHOSA PELO TRABALHO QUE ESTAMOS FAZENDO JUNTOS! E VAMOS SUBIR MUITO MAIS, PRA MOSTRAR PRO TIO DO WATTPAD PRA QUE VIEMOS HE HE 💀💣
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ALCATÉIA
AksiAnne Rocha - Filha de um famoso Delegado, namorada de um criminoso internacional, bonito e extremamente sedutor. Antônio Rocha - Pai de Anne, Delegado respeitado até ter sua brilhante carreira arruinada por um maldito árabe. Khalid Shall - Árabe, te...