Vanessa P.O.V.
- A carga já foi entregada, e os nossos distribuidores já estão a posto. - Hugh informou. - E em menos de uma semana activa teremos os lucros contabilizados.
- E acerca das boates? Como ficamos? - questionei.
- Está tudo pronto, contratamos algumas prostitutas, em alguns dias faremos a inauguração. - Lily disse me explicando, actualmente estava encarregada das boates.
- E verifica também o estoque de bebidas. - alertei.
Estava no meu escritório no galpão acertando as coisas, tantos os produtos como a inauguração da boate, porém a porta foi aberta revelando Henry, interrompendo a minha reunião.
- Boa tarde. - cumprimentou-nos ele sem esperar uma resposta. - Precisamos conversar. - informou, e pelo olhar deixando claro que tinha que ser a sós.
- Precisa me contar depois. - Lily disse sorrindo, e saiu acompanhada de Hugh, deixando eu e Henry sozinhos na sala.
Não tinha mencionado nada a Lily, estava um pouco apressiva sobre a situação, e também pelo facto dela anteriormente ter insistido tanto que eu ficasse com alguém, e tivesse um relacionamento, e mesmo que actualmente tendo, este era fachada, o que era no mínimo vergonhoso. Mas tudo por uma causa maior.
- Sente-se! - apontei para a cadeira à minha frente.
- Precisamos tratar sobre o acordo, trouxe um contrato indicando como isso funcionará. - retirou da sua pasta um envelope que prontamente comecei a ler. - Ambos sabemos que isso não vai dar certo, mas percebemos que é essencial, e neste caso teremos que colaborar. - apenas assenti.
Li o contrato atentamente, em primeira vista não aparentava ter algo de errado.
- Acho que está tudo certo, porém mesmo que aceite o facto de você foder com outras mulheres, peço que seja discreto, não quero passar por chifruda. - falei entediada me referindo a cláusula n°4.
- O mesmo pra você. - disse ele sério. Pena que minha vida sexual não estava tão activa assim como eu gostaria. - E teremos que parecer um casal, isso significa encontros, aparições nas festas dos sócios, e claro convencer nossos pais sobre nossa aproximação.
- Por mim tudo bem, mas não acha que eles vão perceber que esta aproximação será forçada apenas para você obter o que quer? - revelei meu ponto de vista.
- Entendo a sua preocupação. - Henry se ajeitou na cadeira. - Por isso achei por certo depois de alguns encontros você passe a viver comigo. - arregalhei os olhos.
- O QUÊ?! - Acho que não percebi bem.
- Não precisa gritar. - falou ele irritado. - Essa será a única forma Vanessa, acredite, eu conheço meus pais. - revirei os olhos.
- Isso está indo longe de mais, não acha? E por que eu faria isso? Você será o único beneficiado aqui. - disse.
- Seu pai ameaçou que tiraria do cargo também. - falou Henry simples. - E ficaria mal visto pra você... logo no início perder o posto, muito chato. - senti um pouco de chantagem em sua declaração.
Não acredito que meu pai fez isso! Isso sinceramente estava indo longe demais, já estou até a me arrepender de tudo.
- Sei que você quer provar que é boa no que faz Vanessa, mas primeiro tem que estar aqui para mostrar. - continuou Henry. - E mesmo que não se preocupe com o cargo, tenho a certeza que se desobedecer seu pai perderá todas as suas fontes de sobrevivência, e não é isso que queremos, é? - perguntou sarcástico.
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Nocturne Lies
RomantizmVanessa Knowles, filha de um dos maiores traficantes da actualidade aparentava ser uma garota ingênua, porém grande engano, e no meio da máfia vê-se infiltrada no Império de Henry Girard, sócio de seu pai iniciando uma poderosa sedução para derrubá...