||17|| Não há nada me segurando; só a tontura.

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Maratona 5/5

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Maratona 5/5

— Isso é bom — admitiu, abrindo um sorriso enorme.— Não saberia lidar com o seu ódio.

Franzi o cenho.
— Por que?

— Sei lá, você meio que me assusta — brincou e eu lhe dei língua. — Quem da língua pede beijo, neném.

Abri um sorriso sarcástico.
— Você definitivamente precisa atualizar seu repertório de cantadas, coração.

Ele cruzou os braços; enfim soltando os meus pulsos.
— Você é que precisa para de ser chata.

Me fiz de magoada.
— Por que todo mundo me chama de chata? — perguntei dramaticamente.— Eu só digo verdades que ninguém aceita.

Ele revirou os olhos.
— OK, dona da verdade —  ironizou, ficando de pé ao meu lado.— Tenho que ir agora.

Fiz uma cara triste.
— Sério? Que pena! — nossos olhares voltaram a se cruzar e pude perceber que ele estava lutando para não sorrir, mas acabou falhando.— O que foi?

— Nada — respondeu, desviando olhar, porém seu sorriso permanecia ali.— Só acabei de perceber que senti sua falta, Lulu.

Fiz uma careta ao ouvir o apelido escroto que ele havia inventado no ano passado.
— Você sabe que eu odeio esse apelido, não é?— perguntei cruzando os braços. — Só faz isso para me irritar.

Ele estava quase perto da porta quando virou para me encarar, com um sorriso de lado.
— Te irritar é um dos meus passatempos favoritos, Lulu —arremessei um travesseiro, mas ele simplesmente correu e saiu do dormitório rindo.

—Babaca - resmunguei.

   Verificando as horas, eram exatamente 20:30. E com pontualidade de Edward, supus que o baile tivesse começado naquele momento.
   Resolvi tomar um banho e fiquei quase uns vinte minutos debaixo do chuveiro. Os ambientalistas que não saibam, porque eles me matariam pelo desperdício de água.
   Quando saí do banho, a primeira coisa que fiz foi pegar o meu embrulho e colocá-lo em cima da cama.

    Eu obviamente não usaria vestido, muito menos uma saia, então meu traje de gala seria um terno cinza. Assim como nas regras do colégio, o cartaz não especificava que as garotas teriam que usar vestidos ou saias e os garotos terno, ele só dizia que o traje de gala era obrigatório. E foi aí que eu pensei: por que não, não é mesmo?
   Provei ternos de todos os tipos e cores diferentes, mas nenhum deles me caiu tão bem quanto este cinza. Ele era simples e bonito.

    A primeira coisa que fiz foi vestir uma camisa branca que ficaria por baixo do blazer; deixando os três primeiros botões abertos; hoje eu queria provocar. Em seguida, coloquei uma gravata preta sem dar o nó - apenas para dar um charme. A calça meio que parecia um pijama, porque era larga. E dispensando o sapato social ridículo, optei por um all star cano alto também preto, deixando toda a cor para os lábios num batom vermelho sangue.
   Os cabelos deixei bagunçados e volumosos, como sempre; eles eram a única parte minha de que eu gostava; combinavam perfeitamente com a bagunça que eu era.

Todas as faces de Luna [CONCLUÍDA/EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora