Na merda desse mundo incerto, minha única certeza é de que Luna Davis ainda me mandaria para um manicômio.
Ela tinha uma faixa pregada na testa com " caos " escrito nela, mas mesmo sabendo disso, uma vez que você a conhece, não tem como se afastar. E olhe que eu tentei, tentei de todas as maneiras, mas ela sempre me atraí de volta. Na verdade, ela me atraí de todas as maneiras possíveis e impossíveis, e o pior é que ela sabe disso; ela não deveria saber.Lembro-me bem da primeira vez em que nos encontramos no Elliot. Eu havia chegado à cidade fazia um dia apenas, então resolvi dar uma volta e conhecer um pouco da cidade antes de começar a estudar.
Minha mãe me falou que no centro havia um shopping, no entanto, eu não estava muito para agitações naquele dia; mudar nunca é fácil. Precisava de um lugar calmo e tranquilo, então acabei descobrindo a existência de Elliot, o parque central da cidade.
Estava me sentindo meio ansioso para o dia seguinte. Eu sempre tive facilidade em fazer amizades, entretanto, ainda me sentia inseguro a respeito; na Alemanha as coisas são totalmente diferentes.Entrar no Elliot me trouxe paz. Era como se todos os meu medos e inseguranças tivessem ficado lá fora, como se os problemas não tivessem espaço em um lugar tão bonito.
Todo mundo ao redor parecia feliz e animado. As crianças brincavam, haviam pessoas fazendo exercício, haviam casais namorando no gramado verde e até mesmo um vendedor de sorvetes que sorria, bastante convidativo.Estava fazendo bastante calor naquele dia, então comprei um sorvete de limão.
Eu não tive tempo de saborear o meu sorvete, pois no instante em que me afastei do sorveteiro, esbarrei na própria dona do caos.
— Cara, você é cego ou o que? — perguntou uma voz e só aí eu percebi que tinha esbarrado em uma garota. Ela estava ocupada demais tentando limpar seu blusão preto para perceber que eu a encarava.Abri um sorriso que ela não pode ver.
— Desculpa aí — me desculpei, ainda sorrindo. — mas não ando olhando para o chão, baixinha.Ela bufou, ainda tentando se limpar.
— Me provoque mais um pouco que eu mostro a baixinha.Essa garotinha está mesmo me ameaçando?
Soltei uma gargalhada.
— O que vai fazer? — debochei. — Vai chutar minha canela?Percebi o seu sorriso de lado e pela primeira vez eu a vi.
A primeira coisa que me veio na cabeça naquele momento foi um lindo e sonoro: puta que pariu!
Sério, aquela garota era realmente de verdade? Pois não parecia.
Ela era uma completa mistura. Seu rosto ela delicado, mas ela se vestia como um garoto. Era pequena, mas sua voz era firme, decidida e exalava sarcasmo e ironia.
Tudo nela era intenso demais. Desde o vermelho dos seus cabelos encaracolados ao verde dos seus enormes olhos.
Algo nela me dizia que ela era problema, e eu descobri o que era no segundo seguinte quando ela me deu um chute na canela e saiu correndo, enquanto ria da minha cara.Acabei a xingando de nomes tão feios que se minha mãe tivesse ouvido com certeza lavaria minha boca com água sanitária, pois nem água e sabão resolveriam o problema.
No dia seguinte, me xingando mentalmente por não conseguir esquecer aquela garota estúpida, eu fui para o colégio.
Se você nunca trocou de escola quando as aulas já tinham começado, felizmente você não sabe o que ser o centro das atenções.
Eu estava nervoso pra caralho. Tipo, quase me cagando nas calças, mas quando eu a vi sentada lá no final da fila, com a maior cara de sono me encarando de volta, esqueci todo o meu nervosismo, esqueci que estava com raiva, esqueci de tudo. Meu olhar estava totalmente direcionado a garota que meu cérebro dizia que eu deveria me afastar, mas que meu corpo caminhava diretamente ao encontro dela.
Haviam dois lugares vagos na sala de aula. Um longe dela, outro ao seu lado. E para qual eu fui? Pois é, meu corpo sempre fala mais alto.Abri um sorriso quando sentei ao seu lado.
— Bom dia, flor do dia.Ela revirou os olhos.
— Flor é o seu cu.Acabei rindo alto demais e o professor percebeu.
— Você de novo, senhorita Davis? — perguntou o professor retoricamente. — Será que você pode nos dizer o que tanto conversa com o novato?Ela abriu um sorriso irônico.
— Se fosse da sua conta, você saberia.Prendi o riso.
— Saía da minha sala! — berrou o professor.
Ela pegou a mochila e a jogou nas costas.
— Até mais, Müller — e piscou para mim antes de sair, o que acabou me fazendo sorrir.Só voltei a vê-la no dia seguinte, quando me sentei novamente ao seu lado. Daquele dia em diante, ela se tornou o motivo de grande parte dos meus sorrisos.
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GENTE!
GENTE!
GENTEEEEEEEEEEEEE!
Tipo, não sei se vocês notaram, mas O TAFDL CHEGOU A 1K!!! SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!
Eu surtei tanto aqui, que quase fui mandada para um manicômio junto do Rafa.
Primeiramente, muito obrigado!
É sério.
Essa história foi criada há.. sei lá, uns dois anos e meio. Já teve milhares de outras versões e nenhuma delas teve tanto sucesso como está. E isso eu devo exclusivamente à vocês, pois se não fosse por vocês eu já teria desistido da história novamente.
Eu tenho dificuldade em focar nas coisas, sabem? As vezes eu tento escrever, mas não sai absolutamente nada. E isso me deixa arrasada.
Já perdi a conta das vezes em que pensei em desistir de tudo, das vezes em que pensei que não iria conseguir terminar essa história, mas sempre que vejo os comentários, eu acabo rindo e percebo o quão importantes vocês são para mim. Amo vocês!Eu ando ausente com os capítulos, mas eu estou tentando normalizar tudo. Juro. Por vocês, eu não vou desistir!
Saiu bônus, pois sempre que eu tento escrever algo sai merda. Então foi o máximo que pude fazer. Desculpem! 😔
(Não sei quando vou conseguir escrever capítulo, então vou apostando nos bônus).Até a próxima!
(Que já está sendo publicada, na verdade)
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Todas as faces de Luna [CONCLUÍDA/EM REVISÃO]
Teen FictionLivro 1. Segundo ao pai dos burros e indecisos; vulgo dicionário; reviravolta é a mudança repentina de situação para pior ou para melhor. Em outras palavras: é a perigosa jogada do universo que pode melhorar ou ferrar ainda mais com a sua situaçã...