||12|| Um pouco de drama - ou não.

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    Haviam se passado alguns minutos desde o instante em que acordei e fiquei encarando o teto tentando decidir o que era mais estranho: acordar no dormitório de caras que acabei de conhecer ou a familiaridade que eu sentia quando estava com eles

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    Haviam se passado alguns minutos desde o instante em que acordei e fiquei encarando o teto tentando decidir o que era mais estranho: acordar no dormitório de caras que acabei de conhecer ou a familiaridade que eu sentia quando estava com eles. Acho que temos um empate!
   Desviei o olhar para a janela no outro lado do cômodo.
  O sol estranhamente brilhava lá fora, mesmo não passando das seis horas da manhã, e, apesar do horário e da considerável distância do beliche para à porta, eu ainda podia ouvir os ruídos vindos dos recém-acordados que passeavam pelo andar.
   Quando desci do beliche, os garotos ainda dormiam — Scott estava encolhido debaixo das cobertas, Peters estava todo esparramado e com a boca aberta, e Klein se encontrava em uma posição desconhecida, mas que com toda certeza lhe causaria dor na coluna ao acordar.
   Dei risada disso antes de me dirigir ao banheiro onde joguei uma água no rosto.

   Apenas deixei um papelzinho com " valeu, inúteis " pendurado na porta quando saí do dormitório.
   Ainda vestia a camisa de Scott por cima da lingerie, pois minhas roupas ainda estavam molhadas, mas não me importei.

   Por todo o andar — mais específicamente nas paredes, óbvio —haviam cartazes sobre o tal baile que os garotos comentaram. Resolvi dar uma espiada.
    O cartaz era um pouco maior que um caderno, variava de um preto à um roxo escuro e tinha o desenho de alguns casais na pista de dança. Segundo o cartaz, o baile aconteceria no sábado às 20:30 e o uso do traje de gala seria obrigatório.

— Ai meu santo bolinho! — grita uma voz ao meu lado, me assustando.

— Puta que pariu, garota! — me virei para encará-la. Era uma garota alta, de cabelo e olhos cor de mel, que usava uma camisola branca escrito" ai meu corashawn." — Vai assustar o demônio!

   Ela me olhou constrangida.
— Eu gritei? — perguntou para si mesma. — Achei que tivesse falado baixinho...

   Abri um sorriso irônico.
— Tão baixinho quanto a buzina de um caminhão.

   Ela riu envergonhada.
— Desculpa mesmo — desculpou-se. — É que as vezes eu sou meio exagerada...

— As vezes? — a interrompe outra garota, se pondo ao lado da primeira. Esta era um pouco mais baixa, tinha um cabelo escuro na altura dos ombros e olhos castanhos. Também usava uma camisola branca, mas a sua lisa. — Você sempre é exagerada, Ellen.

   Ellen fez beicinho.
— Magoou.

   Eu ri.
— Mas por que você estava gritando, sua louca? — a outra garota perguntou à Ellen.

   Ela apontou entusiasmada para o cartaz do baile.
— ISSO VAI SER TÃO INCRÍVEL! — gritou, gesticulando com as mãos.

   A outra fez careta.
— Você vai acabar acordando o andar inteiro, idiota — resmungou. — Sem falar que você nem tem um par.

   Ellen jogou os cabelos para o lado.
— Ainda não, mas eu tenho fé que meu santo Shawn Mendes vai ouvir minhas preces.

— Santo Shawn Mendes? — repeti, abrindo um sorrisinho.

   Ela assentiu com tamanha animação.
— É, e sei que ele vai me ajudar!

   A amiga deu risada.
— OK - concordou. —, mas e se ninguém te chamar?

   A animação de Ellen pareceu evaporar.
— Ah, então... EU ME AFOGO NO VASO SANITÁRIO! — começou a gritar dramaticamente. — ME ENFORCO COM O CADARÇO DO MEU TÊNIS! ME JOGO DE CIMA DO MEU BELICHE... — estava rindo quando a amiga a interrompeu.

— Dramática — cantarolou.

   Ellen colocou a mão no peito e se fez de ofendida.
— Isso é uma calúnia! — gritou, mas depois fez bico. — Mas é sério, eu posso me atirar de um prédio se não for convidada por alguém.

   Resolvi intervir.
— Ou você pode simplesmente ir desacompanhada.

  Ela fez careta.
— Isso é coisa para fracassadas!

  Abri um sorriso irônico.
Eu vou desacompanhada.

   Ela arregalou os olhos.
— Fracassada? Eu quis dizer DESAPEGADA! — se corrigiu, com um sorriso amarelo.

   A amiga dela a encarava incrédula, mas eu só sabia dar risada.
  Resolvi voltar ao meu dormitório antes que acabasse me contagiando com tanta loucura.
— Tô indo nessa.

  A outra garota assentiu me dando um leve sorriso.
— Também já vamos — disse puxando a amiga pelo pulso. — Está na hora do remedinho da Ellen...

   Tive que dar risada da careta que Ellen fez.
— Para com isso, Loren! — repreendeu a amiga. — Assim ela vai
acabar achando que eu sou maluca! — consegui a ouvir dizer antes de ser arrastada de volta ao dormitório 201.

   Acabei rindo sozinha, mas ainda sim murmurei:
— Acho que é meio tarde para isso.

   Caminhei ao meu dormitório com um sorriso divertido nos lábios, o que era bastante raro de se ver. Entretanto, não houve tempo para alguém ter o prazer me ver sorrindo assim, pois no exato momento em que cruzei a porta senti que tinha algo muito errado.
    Naquele momento eu esperava ver qualquer outra coisa, mas não o que realmente vi.
   Assim que me aproximei ouvi um choro intenso, quase desesperado, vindo de um dos beliches.
   Não demorei muito para reconhecer o dono do choro.

   Isaac.

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EllenTeixeira8 não esqueci, xuxu. Esse é teeeeeeeu ❤

(OI, ME DA ESTRELINHA).

(O capítulo está um cu, mas um cu de coração, juro).

E aí, por que caralhos será que o meu nenê está chorando?
QUERO TEORIAS!

OI, GENTE LINDA!
Tá, eu estou atrasada(que novidade!).
E quem eu vou culpar hoje? Será a internet? Será o universo? Nãoooooooooo! Desta vez é o próprio wattpad que resolveu dar PT. Mereço!
Enfim, apesar de meu atraso, tenho uma novidade: O capítulo seguinte será o primeiro da nossa maratona. SIM, BRASIL!
Se a vida colaborar comigo eu posto essa semana, caso contrário é como minha vó costuma dizer: DEUS PROVERÁ!

ATÉ A PRÓXIMA!

Todas as faces de Luna [CONCLUÍDA/EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora