Capítulo Sete

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De novo não!  – Uma noite atrás

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De novo não! – Uma noite atrás.

Uma lágrima insistia em cair. Esperei que ela chegasse até o pescoço para poder secar. Meu coração doía. Levantei a cabeça quando vi Bryan se aproximando, limpei o rosto e coloquei na cara o melhor sorriso que consegui.

- Aqui está a luva. – Disse colocando-as na minha mão. Olhei para ele meio incrédula. Uma hora ele era frio, outra ele estava sendo atencioso.

- Bryan...O que. - Ele me olha com um sorriso suave.

- O que foi? Sua mão não estava gelada? Estou cuidando de você Valentina, como sempre fiz.

Estou cuidando de você. Essas palavras ecoaram pelos meus ouvidos indo até a minha mente onde ficou se repetindo várias vezes. Tentei rejeita-las.

- Estou cansada – Suspirei baixo. Estava mesmo, porém não era disso que falava. Era de toda essa coisa de gostar dele e não poder falar com medo da rejeição. Com medo de me machucar mais ainda.

De repente uma memória veio a minha mente. Ele beijando a bochecha da mulher na noite do meu aniversário. A loira de cabelos ondulados. Criei expectativas para mim mesma.

- O que disse V? – Ele se voltou para mim com as mãos em um copo, secando-o. Apenas balancei a cabeça e a abaixei.

- Estou cansada de tudo isso. Só queria ser correspondida – Disse baixinho antes de pegar no sono ali mesmo no balcão.

" – É culpa sua, por que saiu e deixou sua irmã sozinha? Valentina, me responda. – Seus gritos eram estridentes e sua face assustadora.

- Mas mãe eu só fui comprar doce para nós, ela disse que ficaria quieta.

- Você que causou isto, agora ela pode estar morta e será sua culpa, SUA CULPA, VALENTINA.

O choro escorria pelo meu rosto chegando até o chão ensanguentado. A casa toda quebrada, estilhaços de vidros perto da porta. Meu pai segurava a minha mãe tentando a acalmar. Eu cedi e cai no chão. Tudo que queria fazer era sumir, talvez até morrer.

ELA PODE ESTAR MORTA. Esse pensamento era atordoante. Realmente era minha culpa. Eu tinha saído e deixado a porta aberta.

Escutei um estrondo do lado de fora. Corro até a rua. Lá estava ela. Com uma faca no peito da minha irmã, que soluçava em meio à multidão.

Ninguém mais a via. Eu gritava para todos os lados, mas ninguém se movia.

- Me salva. Por favor, Valentina. Eu preciso da sua ajuda. Eu vou morrer...

- Eu. não. consigo....

E então a mulher com seu olhar arrepiante e psicopático enfia a faca, onde estava apontada. Corro em direção. Tudo que consigo ver é sangue. Olho ao redor. A mulher desaparece em meio a escuridão como uma sombra.

Posso fugir agora? | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora