Capítulo Dezenove

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Eu quero você - Uma noite atrás

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Eu quero você - Uma noite atrás.

Depois fugir de Bryan no salão de baile conseguimos sair de lá sem sermos notados - eu acho. O caminho dentro do carro foi extremamente silencioso, nós apenas olhávamos um para o outro rindo e depois ele voltava a se concentrar na estrada. Sua mão livre do volante estava repousada na minha enquanto ele acaricia meu dedo anelar em círculos. Isso tudo era novo para mim e eu estava meio incerta do que viria depois, o que nós seríamos? Era algo indefinido, o que dava uma sensação horrível dentro de mim. Meu estômago ao mesmo tempo que tinha borboletas voando, podia senti-las pousando e causando náuseas. Mas eu estava feliz com toda essa situação, apesar de não saber como reagir a isso.

- Você gostaria de passar em algum lugar para comer? – perguntou me tirando do devaneio.

- Uh? Ah sim, vamos, estou morrendo de fome – disse sem me virar para ele, apenas observando a estrada silenciosa e o céu escuro.

- Está tudo bem, menina pimenta? – Ele retirou sua mão de cima da minha para passar a marcha, mas não a voltou para o lugar de origem, deixando um frio na pele. Esfreguei as mãos umas nas outras e coloquei debaixo da perna.

- Sim, tudo ótimo – sorri para ele quando virou à esquerda na avenida. – Onde vamos comer?

- Pensei em uma hamburgueria que gosto, pode ser? – confirmei com a cabeça – Mas é um pouco longe de casa!

- Por que não podemos ir naquela na esquina de sua casa? – ele mordeu o lábio inferior ficando em silêncio.

Eu sabia o porquê, mas mesmo assim insisti em perguntar. Quanta tolice minha. Lugares perto são mais chances de sermos descobertos. Encostei a cabeça na janela e apenas observei o lado de fora o resto do caminho imersa na confusão da minha mente. Era disso que tinha medo quando eu disse o que sentia ou me entregasse a ele. Não poderíamos fazer nada que um casal normalmente faria e isso me deixava para baixo. Só me dou conta que chegamos ao tal lugar quando ele abre a porta ao meu lado me fazendo quase cair no chão.

- Se machucou? – questionou preocupado arqueando as sobrancelhas enquanto me ajudou a levantar. Comecei a rir do incidente negando com a cabeça.

- Vamos? – perguntei, mas vejo que ele já estava indo enquanto arrumava meu sobretudo sobre o corpo, o clima estava bem frio e o vestido fino não ajudava muito. Corri até ele para alcançá-lo entrelaçando nossos dedos, ele me olhou surpreso com o movimento e a apertou minha mão levemente sorrindo.

- Está com frio? Sua mão está fria – confirmei lentamente com a cabeça sentindo meu queixo bater mesmo com o sobretudo quente. Apertamos o passo para poder entrar na lanchonete quentinha por conta do aquecedor.

O local era tão aconchegante e calmo que me fez sentir nostálgica, como se estivesse em uma das lanchonetes que frequentava no Brasil com meu pai. As cadeiras eram estofadas de um tecido rosa e as mesas eram pretas, o local era todo enfeitado com luzes penduras por cima das mesas e o balcão era, também preto. O cheiro de fritas e chocolate entra pelas minhas narinas e tudo que consigo fazer puxar o máximo de ar que posso. Era muito bom estar em um lugar como esse. Olhei para o homem ao meu lado que me encarava com brilhos nos olhos e rindo de lado. Empurro-o de leve e ele passa os braços pelos meus ombros me levando até uma mesa, que dá vista para fora, se sentando a minha frente.

Posso fugir agora? | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora