Capítulo Vinte e Dois

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Arquivos de um caso – Uma semana atrás

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Arquivos de um caso – Uma semana atrás.

Entrei no escritório de Henry com a cabeça a todo vapor. Porque raios ele mentiria para mim? Não me importava ver ele com a outra mulher, ainda mais a Olivia – sua amiga de infância - o que me incomodava era o porquê dele mentir sobre isso. 

Mas isso precisaria ficar para depois. 

Chacoalhei a cabeça para espairecer os pensamentos, bati à porta e adentrei quando o escutei murmurar ''entre''.

– Cadê minhas rosquinhas? - Henry perguntou quando notou minhas mãos vazias.

– Longa história, na próxima trago – disse sentando em sua frente - Qual a novidade do caso?

– Primeiro tenho alguns avisos para te dar primeiro, só temos mais dois meses para resolver o caso.

– Se não resolver, eles arquivarão. Notei isso - ele me olhou surpreso arqueando as sobrancelhas – Eu estudei, Henry, não me olhe como se saber isso fosse anormal.

– De qualquer modo, eu sei que você tem contatos externos para te ajudar, mas depois do que eu te contar de novidade, peço que pare de envolvê-los. Ok?

– Sem problemas – meu pensamento se voltou para Theóphiles na hora, afastei com todas as forças – Qual a novidade?

Ele se levantou calmamente e caminhou até o projetor o ligando e conectando no notebook branco. O fito com as mãos no queixo.

– Até agora não sabíamos das crianças – concordei – por alguma razão recebemos isso – ele disse dando play no vídeo.

Era um vídeo das crianças, por incrível que pareça elas estavam bem. Estavam sentadas num tapete brincando com quebra-cabeças, não tinha reparado antes em como que elas eram lindas. O casal de gêmeos tinha a pele morena mas os olhos verdes escuros, nenhum dos dois aparentava ter nenhum resquício de acidente, que constava que tinha sofrido no processo. Estou tão admirada com a beleza e inocência delas que me assusto quando uma voz grossa e modificada por computador, fala.

'' - As crianças estão bem, a mãe já sabe delas e serão felizes juntos, agora fechem o caso. Ou então iremos nós esconder mais ainda até dar os dois meses que restam. Estão avisados, não temos a intenção de matá-las. Apenas protegê-las! ''

A tela fica preta, olho Henry que está sentado na ponta da mesa com uma caneta na boca.

– Quem mandou? - apontei para a tela.

– Recebemos por correio, mas não tinha remetente. - balanço a cabeça - Podemos confiar  na fonte, pode ficar tranquila - disse antes que eu pudesse questionar.

– Como que sequestrar duas crianças é protegê-las? - perguntei e ele dá ombros desapertando a gravata – O que será que ele quis dizer com que '' a mãe já sabe delas''?

Posso fugir agora? | CompletoOnde histórias criam vida. Descubra agora