Valentina encontrou a oportunidade perfeita de ir embora da sua cidade no Brasil para viver seu desejo de estudar Direito e crescer profissionalmente, mais do que isso, era a chance perfeita de se livrar de conflitos do passado que marcaram sua vida...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Quem está mentindo? – Dois dias atrás.
- Me solta Bryan, está machucando. – Disse tentando me safar das mãos dele que está em torno do meu pulso. Ele me puxou para dentro do pub. Meus olhos piscam rápidos tentando enxergar na escuridão do bar.
Bryan me soltou murmurando desculpas e foi acender a luz no canto da parede perto do freezer. Cruzei os braços esperando que ele me explicasse o que acabou de fazer. Seus olhos permanecem no chão com medo de me encarar. Cheguei perto dele levantando seu queixo nada amigavelmente.
- Nunca mais me agarre daquele jeito! - falei seca.
- O que estava fazendo agarrada com aquele homem? – soltei uma risada rouca e debochada da cara dele.
- Agarrada? Acho que está cego, e ele não é aquele homem. – Faço aspas com a mão – Ele é meu superior e meu amigo de trabalho.
Ele riu baixo revirando os olhos enquanto me encarava. Olhei para ele incrédula.
- Sério isso? Você ao menos se lembra de quando eu disse que comecei a trabalhar, não é? – Ele ficou quieto e soltou um sim baixo. – Ah bem, porque ultimamente você parece que não quer mais falar comigo!
- V, você sabe que não é assim! Só não gostei de você agarrada... digo, abraçada com ele, nada demais, deixa para lá.
- Poderia começar a me explicar por que está agindo assim? Desde o outro dia lá em casa você está estranho! – Ele me mirou tristemente e senti meu corpo estremecer.
- Desculpa por aquele dia, não estava nada sóbrio, falei merda. – Falou se afastando e indo até o bar. Bryan parou diante dos whiskey's e olhou para mim. Desistiu suspirando e acabou pegando uma garrafa de água.
- Não acho que tenha falado merda. – Ele me fitou sério e continuei. – As pessoas falam bêbado o que pensam sóbrios Bryan.
- Você não acredita em mim? – neguei com a cabeça – Mas é verdade Valentina. Desde quando nossa amizade começou a enfraquecer?
Pensei por um momento tentando descobrir o motivo. Lembro-me da mulher loira em meio a seus abraços no dia do meu aniversário. Não queria jogar na cara dele neste instante, então dei tempo para ver se ele falaria algo sobre, porém nada foi esclarecido.
- Desde o momento em que você mentiu sobre ter uma namorada ou sei lá o que ela é. – Disse com desdém e ele me olhou surpreso.
- Namorada? Eu? – Indagou apontando para si. Concordei com a cabeça - Estou namorando e não estou sabendo?
- Então quem era a loira que você estava abraçado todo meloso e cheio de amores no dia do meu aniversário? – Ele inclinou a cabeça pensando. – Estava na cafeteria e vi vocês passando pouco depois de eu sair.
Ele pareceu pensar um pouco. Fui até a geladeira do bar e peguei um refrigerante. Me sentei nas cadeiras giratórias do balcão esperando pela resposta. Pigarrei e ele me encarou passando a mão no cabelo loiro. Ele e Theóphiles são bem diferentes. Um com cabelos loiro e outro com cabelos castanhos escuros.
