Capítulo 13 - Ninguém disse que seria fácil

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Michael

Uma luz invade o meu quarto e insiste em não permitir que eu durma mais um pouco e então eu decido acordar de uma vez. Estávamos no Chile e nossa, como eu amava aquele país. Não posso evitar pensar como seria estar aqui e ainda ser próximo do Jorge, faríamos tantas coisas juntos, ele deve estar explodindo de felicidade nesse exato momento.

Me sento na cama e decido que hoje é o dia em que vou contar tudo a Ana. Finalmente direi a ela como me sinto e realmente espero que ela não me odeie e que possamos seguir como amigos, já que a amizade dela ainda é muito importante pra mim.

Aquela altura eu acho que já tinha ouvido o áudio da pede cantando pra mim umas cem vezes mas ainda assim cada vez que eu ouvia era como a primeira vez e a voz dela me causava um arrepio e uma felicidade involuntária que eu mal podia esperar pra tê-la cantando no meu ouvido.

Pego o meu celular em cima da cômoda enquanto me ajeito na cama e retiro o cobertor branco de cima de mim e então me dou conta de que estamos em uma quarta feira e recebo um alerta dele dizendo que há algo importante hoje. Faço um esforço pra me lembrar o que é mas minha mente está totalmente em branco e eu realmente não faço ideia do que pode ser. Enfim, o que quer que seja não deve ser tão urgente assim e então eu decido que preciso me organizar com as minhas tarefas pra conseguir falar tranquilo com a Anita.

Tomo um banho e desço até o restaurante do hotel onde encontro quase todos os meninos já esperando pela comida. Rugge me chama pra me sentar com ele e eu percebo que minha namorada ainda não chegou e me pergunto se ela estava bem ou muito cansada ou se só se atrasou mesmo. Nesse momento o meu olhar alcança a loira, vestida com aquele short que mostrava muito bem as suas pernas definidas e uma regata simples com uma jaqueta de couro, clássico da Valentina, e quando ela me lança o olhar dela pra mim sinto uma corrente elétrica atravessar todo o meu corpo e me trazer a vida.

- Tente ser menos óbvio. - Ruggero fala enquanto dá um tapa na minha bochecha. - Tem muita gente aqui e a sua cara de besta não consegue negar nada.

- Obrigada pela dica Rugge, o que eu faria sem você? - digo ironicamente e ele sorri.

- Hoje tá todo mundo meio misterioso, acho que estão escondendo algo e eu quero muito descobrir o que é, eles sabem que eu sou muito curioso e não aguento ficar sem saber das coisas.

- Talvez seja por isso que ninguém te contou nada, a sua fama de fofoqueiro te precede.

- hahaha muito engraçado, como se você também não quisesse saber.

- A diferença é que só um de nós teria coragem de ouvir atrás da porta ou seguir alguém pra descobrir.

- Tá, me pegou... eu gosto de fofoca, mas que todo mundo tá estranho isso é verdade.

O dia passa e eu não vi a Anita em momento nenhum. Mandei mensagem pra ela perguntando onde ela estava mas não tive nenhuma resposta o que começou a me deixar muito preocupado pensando no que poderia ter acontecido. Enquanto não tive nenhuma resposta eu acabei dormindo por umas duas horas e então eu notei que tinha recebido uma ligação dela o que me fez respirar mais aliviado.

Ouvi alguém batendo a porta e me desloquei até lá para atender e então dei de cara com a ruiva que estava um tanto quanto arrumada e que me pediu que vestisse uma roupa mais arrumada. Sem entender muita coisa eu me visto e pego a minha carteira já que podemos ir a algum lugar e eu começo a organizar mentalmente o que preciso dizer. Percebo então que o Rugge está me ligando mas escolho não atender, preciso me concentrar e não deixar que nada me impeça de dizer o que preciso dessa vez.

- Vamos meu amor? Não quero que a gente se atrase. - Ela diz enquanto deixamos o meu quarto de hotel.

- Então, você sumiu o dia todo e eu realmente queria falar com você. - minhas mãos suam frio mas eu tento parecer calmo.

Wherever You Are (Michaentina)Where stories live. Discover now