Capítulo 12 - Um pet para Austin

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Trey se juntou a Zack assim que chegaram na órbita de Estrela Uraniana, o planeta natal de Austin e Kayllon.

— Esconda a Imperatriz nas coordenadas que Zack informou, mas se por acaso algo der errado, nos envie uma mensagem avisando onde se esconderam. — Disse Trey.

— Não se preocupe, nós vamos manter contato. Digo o mesmo para vocês. — Morgana falou. — Zack, querido, cuide do seu comandante e traga o pai de Austin a salvo.

— Sim, mamãe. — Eles compartilharam um sorriso.

Trey entrou na nave cápsula que aguardava na parte inferior da Imperatriz, e Zack veio logo atrás, ambos se colocaram em seus lugares e prenderam os cintos de segurança. Eles ejetaram a nave fora da nave maior e seguiram pela rota que os levaria para dentro do porto espacial do planeta.

Austin provavelmente estava se descabelando pelo medo do que poderia acontecer com seu pai para ele não responder o telefone e estar há três dias em casa sem deixar o prédio.

Trey sabia que a Federação ainda não tinha chegado até aqui, não houve sinal deles por perto, seu radar não captou nada. Contudo, tinha que admitir que estava preocupado com Kayllon.

Cerca de três horas de viagem em um táxi espacial, chegaram até o centro urbano onde ficava o prédio de tijolos vermelhos que Kayllon vivia. Era nobre, não pobre, mas nada que esbanjava riqueza. Era considerado confortável para um louco centro urbano como aquele.

Estrela Uraniana era composta por rochas, os prédios foram construídos sobre as rochas e até sobre as falhas delas. Eram tantos que não se via mais pedra em qualquer lugar e apenas o movimento. A cidade não tinha qualquer padronização, não existia casas menores, tudo era realmente feito para muita gente. E não havia qualquer natureza que não fosse artificial.

Fios de eletricidade atravessavam de lado a outro e pichações nas estruturas denegriram a imagem daquele lugar. Entretanto, Trey admitia que adorava o centro urbano.

Até mesmo todo aquele barulho e a dor de cabeça que poderia causar.

Ele pegou se perguntando o que Aquantis acharia a respeito disso. Ele não parecia um menino que se daria bem na cidade. Talvez o contrário.

Ele parecia alguém que se encaixaria muito bem com a vida no campo.

Trey tinha curiosidade para saber como era Lost Blue.

Eles foram deixados na portaria do prédio. Se identificaram na recepção do saguão, o recepcionista procurando contatar Kayllon para saber se Trey e Zack estavam ou não autorizados a subir para o seu apartamento.

— Ele não está atendendo, senhor. — Ele lhe disse um pouco intimidado.

Trey nem estava orgulhosamente se mostrando intimidador, como ele muitas vezes gostava de fazer.

— Nós suspeitamos que ele não tem se sentido bem. Seu filho está no hospital e gostaríamos de falar com ele sobre isso. Tentamos outro contato e só nos restou vir até sua casa.

— Aguardem um momento. — O recepcionista fez outra ligação, desta vez para o gerente.

Zack lhe deu um olhar preocupado e tudo o que Trey fez foi ficar desconfortável com a situação.

Um homem alto, em torno da idade de seu pai, veio recebê-los impecavelmente vestido.

— Senhor, vou acompanhá-los para dentro do apartamento. Venham comigo, por favor.

Trey detestou saber que teria que entrar com um total desconhecimento na casa de alguém que não tinha qualquer intimidade, mas pelo bem de Austin, que tinha salvado sua vida e a de Zack, eles estavam enfrentando aquilo.

Lost Blue [Romance Gay]Onde histórias criam vida. Descubra agora