Um sorriso que não chega aos olhos,um amor que não toca o coração,palavras sem sentido que escapam por entre a boca sem ter real noção do estrago que podem causar.
Quando foi que tudo virou tão artificial? Quando foi que o artificial virou a melhorar forma de descrever algo que antes era ...crucial?
Vício. Quer definição melhor?
Como um viciado em busca de alguns minutos de alívio,de escape dessa realidade torta e insalubre que vive ela busca você,não mais por sentir,por querer,sim pra sentir algo,qualquer coisa que seja.
E você como tolo,cede uma,duas,três vezes. Em todas elas sente entregar uma parte sua de bandeja pra alguém que não reconhece mais,na esperança de ainda continuar o que viveram.
Não melhora. Nunca melhora.
Mesmo assim sua fé segue inabalável, “Não. Tudo tem uma explicação e um por quê,se não melhorou é porque ainda não chegou ao fim”. Não.
Deixe eu lhe contar amigo,as vezes as coisas não melhoram simplesmente porque não tem o quê melhorar.
O show acabou.
A música parou.
A cortina fechou.
A banda foi embora.
A platéia se cansou de esperar pelo “grand finale” pois já percebeu que não vale a pena.
Só restou você. Você,sua solidão e sua fé nessa ilusão.Deixe as cortinas cederem por completo,feche as portas e vá pra casa.
Você merece ser a estrela principal desse show,não a coadjuvante de sua própria história.
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Fragmentos
Non-FictionPáginas rasgadas de um caderno chamado vida. Sobre o tudo e o nada. O caos puro da linha de raciocínio de alguém que busca conciliar sentimento e razão em um mundo acinzentado.