Os olhos voltaram a percorrer as linhas digitadas despretensiosamente , o suspiro escapou de sua boca sem que percebesse, o cenho franziu relendo cada letra devido ao óculos fraco. A mente ia longe,o coração mais ainda.
Quanto tempo dura um momento de inspiração? Uma música? Uma lágrima? O percurso do ponto de ônibus até o trabalho? Tempo,sempre o tempo.
Tempo de sentir,tempo de viver,tempo de colher. Tempo de esperar. Tempo de...voltar? Aguardar? Ansiar?
Tempo de parar.
Parar de pensar,parar de protelar. Parar. Parar de esperar,parar de se importar,de mendigar. Parar de...amar?
Esfregou os olhos frustrada,parou.
Parou de ler.
Parou de pensar.
Parou de lamentar.
Parou de remoer.
Parou de correr do que não podia adiar.
Só não parou de amar.
Porque parar e amar só combinam pra indicar que não há forma de largar aquela velha fagulha de esperança que todo ser humano carrega em seu peito calejado.
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Fragmentos
SachbücherPáginas rasgadas de um caderno chamado vida. Sobre o tudo e o nada. O caos puro da linha de raciocínio de alguém que busca conciliar sentimento e razão em um mundo acinzentado.
