É quando os dedos não mais se encaixam,
É quando as pernas não mais se enroscam,
É quando os corpos não mais se procuram
É quando o sorriso não mais encontra o olhar.
É o atraso que nunca acaba,
A hora que nunca chega,
O adeus nunca pronunciado.
É se sentir estranho no lar,
Desprovido de ar.
É partir querendo chegar,
É adiar o inadiável,
É pagar por um crime inafiançável,
É voltar pra onde sequer deveria pisar.
É tentar contextualizar o que não deveria pensar,
É justificar o injustificável,
É barganhar com a solidão tentando enganar o coração.
É riscar sem sentir,
É deixar de sorrir
É apenas existir.
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Fragmentos
Non-FictionPáginas rasgadas de um caderno chamado vida. Sobre o tudo e o nada. O caos puro da linha de raciocínio de alguém que busca conciliar sentimento e razão em um mundo acinzentado.