CAPÍTULO DOIS

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Meu mundo pareceu parar por horas.

Congelando a cena, tudo ao meu redor.

Franzi o cenho incerta do que eu tinha ouvido. Por que, não podia ser verdade. Tudo aquilo só podia ser uma piada sem graça e bizarra. Minha mãe me encarava de forma triste e assustada e meu pai tentava permanecer serio. Olhei para meu salvador, pálida. Ele me fitava de forma estranha e em alerta. Como se esperasse que eu fosse desabar a qualquer momento.

--Não...—balbuciei, recuando.

--Sei que é algo difícil de ouvir.—Selena disse.

--Vampiros não existem.—exclamei, soando meio estérica.

--Por que você foi criada para crer que vampiros não existem. Os humanos cresceram baseados na cultura de que vampiros são apenas uma lenda.—Richard explicou.—Nos mantemos em segredo, por que de certa forma, sabemos que nem todos estão preparados para saber da nossa existência.

--Você também é... você...—gaguejei. Incapaz de pronunciar o nome.

Ele sorriu.

--Sou um vampiro criado para servir.

--Qual a diferença? Não são todos iguais?! Vocês não passam de sangue-sugas!—gritei.—Mãe, pai... me tirem daqui.

--Não podemos querida.—Minha mãe choramingou—Ela nos explicou sobre seu estado... você não sobreviveria la fora. Conosco.

--Vocês não podem acreditar nessa bobagem.—disparei, incrédula.

--Você bebeu sangue antes de morrer não foi?—Selena quis saber, de repente. A fitei,corando.—E você gostou.—ela concluiu. Baixei a cabeça, lágrimas rolando pelo meu rosto.

--Vocês estão me enganando. É tudo uma encenação.—murmurei.

--Queríamos que fosse mentira, Tessalia.—papai disse. E suspirou—Mas eles foram bem esclarecedores.

--Ela nos mostrou... mostrou que é um vampira também.—minha mãe revelou, pálida e se encolhendo.

--Foi um susto e tanto.—meu pai balbuciou, dando um sorriso sem graça.

--Não queria assusta-los, mas vocês pareciam pouco crédulos a respeito de minhas palavras.—Selena desculpou-se.

Olhei para meus pais. E vi que mesmo tentando disfarçar, eles pareciam assustados e tensos com toda aquela situação. Fechei os olhos, tentando ignorar a pontada de dor. Meus pais estavam infelizes por tudo que estava acontecendo comigo.

--O que vai acontecer comigo?—perguntei.

--Nossa Instituição é um novo lar para vampiros.—Selena disse—Aqui nós os ensinamos a viver sua nova vida... nessa nova condição. Nós ensinamos controle, disciplina... somos uma família. Só que bem maior.—completou, sorrindo.

--Mas... e minha escola?

--Pela tarde, vocês aprendem nossa história. O ensino médio e completo vampiro, por assim dizer. Pela noite, o consillier designado para você lhe ajudara na adaptação física e prática.—Richard explicou. Assenti, absorvendo tudo aquilo.

--E...meus pais, meus amigos?

--Caberá a você decidir, Tessalia. Cedemos uma vez há cada mês, um dia para visita familiar. Mas creio que não poderá ver mais seus amigos.—Selena—Lá fora, você esta morta.

RENASCEROnde histórias criam vida. Descubra agora