CAPÍTULO DEZESSETE

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Os três me olhavam como se eu fosse algo que nunca houvessem visto na vida. Revirei os olhos, impaciente. Era exatamente isso que eu não queria que acontecesse.

--Tá bom né. Continuo sendo a mesma de sempre.

--Só que mais foda e invencível.—Sheel completou, irônica.

--Não.—neguei.—Isso não muda nada. E por favor, quero que vocês continuem a me tratar como se eu fosse... eu.

--Claro que vamos continuar tratando-a como se você fosse... você.—Edwin concordou, tentando controlar sua euforia. Eu sabia que ele sabia o que aquilo significava. Ele era infiltrado no Oráculo. Sempre sabia das coisas.

--Muito bem, agora preciso que vocês me ajudem a sair daqui.

--Ninguém sai. Tessy.—Edwin insistiu.—Só com autorização e acompanhado.

--Tate saiu.—falei.

--Então ele deve saber de uma maneira.—Edwin falou

--É isso! Como não vi isso antes?!—falei, alegre.—Tate e eu podemos reviver momentos da vida de qualquer pessoa. E acho que ele descobriu uma maneira de estar em qualquer lugar que quisermos sem ser vistos, uma maneira de ultrapassar essa linha física.

--Na minha língua, por favor.—Sheel rosnou.

--Quando fui pra enfermaria ele apareceu lá e agiu como se... ninguém ali fosse vê-lo ou achar anormal se o visse. Como se estivesse estado sempre ali.

--Acho que estou entendendo aonde quer chegar.—Edwin concordou comigo atento.

--Ele descobriu como alterar a memória de alguém, de implantar uma memória. Foi como ele chegou a mim e me deu o diário dele.

--Você quer dizer que ele aprendeu a controlar a mente das pessoas?–-Dana perguntou.

Todos concordaram.

--Ok, mas como isso nos ajuda?

--Posso implantar uma memória em Selena. Posso fazer com que ela pense que me autorizou a sair do Instituto.

--Você nunca conseguiria.—Sheel negou—Selena é super protegida. E a sala dela é uma fortaleza.

Sheel tinha razão.

--Mas você pode fazer isso com os guardas do portão.—Edwin completou.

--Isso!

--Mesmo conseguindo isso, como pretende achar Tate? Você só sabe que ele está em Veneza e a essa altura ele pode estar em qualquer outro lugar.

--Mas é a unica coisa que tenho e quando chegar lá posso conseguir pistas.

--Você sozinha?—Sheel balançou a cabeça.—Nem pensar! Vai precisar de toda ajuda possível.

--Não posso pedir que venham comigo. Além disso, é uma longa viagem e tem o sol... e vocês mesmos disseram que ninguém sobrevive.

--Temos você a vampira super fodona pra nos proteger.—Sheel falou irônica. Fiquei vermelha.— E vai precisar de grana pra essa viagem e nossos pais são ricos.

--Eu acho que tenho algo guardado.—falei, pensando na poupança que meus pais abriram pra mim desde pequena.

--Eu não sei se é uma boa ideia.—Dana falou, insegura.—Não me entendam mal, eu quero ajudar mas não acho que seja nós que devamos ir atrás de Tate. Você devia pedir ajuda a Demetrios ou até a própria Selena, Tessy.

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