Cris

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Cris:__GUI volta aqui!

Meu Deus!Não sei como esse menino é tão arteiro.

Corro pela praia e o danadinho corre sorrindo.

GUI:__Você não me pega mamãe.

Sorriu e o pego no colo.

Cris:__E agora em?

Pergunto fazendo Córsega em sua barriguinha branca.

GUI:__Para mamãe!

O ponho no chão e começo a passa o protetor.

Cris:_ Agora sim pode brinca meu amor!

Num rompante ele sai correndo.

Passo protetor em mim e me deito na toalha.
Fecho meus olhos e penso em tudo que já passei.

Depois da humilhação que sofri pelo homem que eu amava decidi dá um rumo diferente a minha vida.

Pedi demissão da editora e meu amigo e chefe foi quem me arrumou outro serviço e casa pra mora sem que ninguém saiba.

Já se passaram três anos em que estou morando no Brasil,mas especificamente no Rio de Janeiro.

Um mês depois de me muda descobri que estava grávida.
No começo fiquei prensando o que eu ia fazer,ser mãe solteira não estava em meus planos, ainda mais quando se muda pra outro país sozinha só com poucas roupas.

Minha sorte é que eu tinha uma grana guardada,ainda tenho na verdade já que ganhei a casa e un emprego.

Depois do susto comecei a amá o ser zinho que crescia dentro de mim.
Só fui descobri o sexo no dia do seu nascimento pois o mesmo não abria as perninhas de jeito algum.

Minha gravidez foi tranqüila, só foi mesmo desconfortável quando Guilherme deu seus primeiros movimentos.
Desde desse dia não parava quieto.

Até a doutora Márcia minha ginecologista e obstetra achava graça de suas peripécias.
E quando fazia a ultra?
Podia conta que teríamos um show do meu pequeno.

Quando não era a mão toda na boquinha era o pé, ainda tinha os momentos em que socava minha barriga bem na hora em que a máquina registrava seu excesso de violência.

Até hoje ele é uma criança agitada.
Tive que por o pequeno ninja em aulas de natação e de capoeira,só pra me dá um pouco de descanso pois eu mesma não aguentava mais.

Guilherme puxou ao pai em tudo,tanto no interior quando no exterior, só os cabelos rebeldes que puxou a mim.

Aonde passamos chamamos atenção.

Abro meus olhos a sua procura e o vejo brincando de areia com seus coleguinhas.

Olhando ele agora não me vejo mais sem sua existência.

Não sei o que aconteceu com o Gustavo,quando entro em contato com meus pais e meu irmão não pergunto e nem eles me falam nada pois sabem o que sofri naquele dia.

Relacionamentos não tenho, me dedico somente ao meu filho e a minha carreira que ainda exerço aqui.

Trabalho como chefe de redação de uma importante revista,onde somos reconhecido pelo Brasil todo quase conseguindo nos exporta pra fora.

Depois do sofrimento já não sinto tanta dor ou até mesmo raiva.
Não vou menti em dizer que não o amo mais,mas também não sei dizer o que faria se o visse novamente.

Gustavo foi meu primeiro em tudo,me levou ao céu e ao inferno também.
Mas não é por isso que eu guardo mágoa ou qualquer outro sentimento ruim.

Já o perdoei a parti do momento em que eu vi o rostinho do meu bebê.
Ele me ensina a cada dia que passa de que nossa vida é única, e que passa muito rápida pra termos que guardar rancores.

Vivo dia a dia com ele com toda a intensidade sem me preocupa com o passado.

Os únicos que sabem sobre meu GUI são meus pais e meu irmão.

Sempre quando podem vem nos visita, eles são muitos agarrados ao meu pequeno e ele também.

Amigos tenho alguns.
Não sou muito de saí pelas noites,quando isso acontece sempre volto sedo,não gosto de deixa meu filho sozinho por muito tempo.

Minha casa é bem confortável, com dois quartos com suítes, sala cozinha,banheiro e um quintal bem grande.
Tenho uma senhora que cozinha e limpa e também a babá do GUI que se tornou uma de minhas amigas.

Ela sabe de toda a minha história e sempre me apóia assim como dona Suely que é uma segunda mãe pra mim.

Hoje posso dizer que sou feliz mas as vezes sinto que falta algo e que se eu deixa me perco em um certo ogro tatuado ciumento.

Mas a vida tem que segui.

Cris:__Filho vamos?

O chamo e logo cacheadinho pula em cima de mim.

GUI:__Mamãe vamos no filme hoje?

Ele chama o cinema assim.

Cris:__Vamos meu amor,mas agora vamos pra casa pra tomamos um banho.

Digo me levantando.

GUI:__Mas mamãe eu já tomei banho aqui.

O olho com as sombrancelhas levantadas.

Cris:__Mas vamos tomá em casa também seu porquinho.

Guilherme tem um problema sério de não gosta de banho.
Não importa se a água e quente ou fria falou em banho o porquinho logo se esconde.

Muitas vezes fica nós três em casa procurando por ele quando chegava a hora do banho.
Seus esconderijos são diguinos de filme do 007,só pra terem uma ideia,já foi na casinha do nosso cachorro lavrador que é a sua dupla na bagunça, já foi em baixo da pia da cozinha e o mais escondido foi atrás das latas de lixo que deixamos na calçada.

E quem o denunciou nesse dia foi o próprio cachorro.

Confesso que todo dia é uma diversão lá em casa.

Pego em sua mão e vamos pro carro.

O ponho sentado e com o cinto,entro e dou partida.

Da praia até a nossa casa e cerca de uma hora então eu sei que ele vai dormi.

E não demora nada o olho e já está apagado.

Já vi a luta que vou tê quando chegarmos.

Já vi a luta que vou tê quando chegarmos

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Guilherme sapequinha,três aninhos.

Amor sem preconceitoOnde histórias criam vida. Descubra agora