Capítulo 03

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O moreno riu, e sentou-se na outra ponta do sofá que ela estava. Lá pela metade do filme pipocas voaram na direção de Alfonso. Ergueu a cabeça e viu Anahí rindo com cara de sapeca. Ela estava a fim de uma guerra de pipocas? Ajoelhou-se no sofá com cara de bravo, a encarando.

- Era brincadeirinha! – disse com um sorriso colgate estampado no rosto. Aquilo era bem a cara dela. Anahí era o tipo de menina mulher e aquilo encantava ainda mais Alfonso. Ele continuou a encará-la, vendo que a coisa não estava muito favorável para seu lado, levantou-se e correu para trás do outro sofá a fim de se proteger. Alfonso então gargalhou alto, encheu a mão de pipoca e correu atrás dela. – Não, Poncho para! – ela disse enquanto desviava da avalanche de pipocas que ele jogava nela. Alfonso pegou a bacia na mão e continuou correndo atrás dela – É feio desperdiçar comida! – ela disse e ria alto.

- Agora é feio desperdiçar comida? – ele indagou quando a alcançou e a segurou pelo braço. Anahí tropeçou no cobertor, caindo no chão, fazendo com que Alfonso caísse sobre ela e a bacia de pipocas foi ao chão também.

- É muito feio senhor Herrera! – ela falou rindo, aparentando estar nervosa.

Os corpos estavam colados e ele podia jurar que Anahí sentia seu coração batendo descompassado pela proximidade dos rostos. Anahí se remexeu tentando sair de baixo dele, mas foi em vão, pois Alfonso é no mínimo duas vezes mais pesado que ela. Os olhares se encontram, azul no verde, verde no azul. Alfonso desceu o olhar para a boca dela e voltou para aqueles olhos azuis que tanto o encantam. Instintivamente Alfonso roçou o nariz no dela e Anahí fechou os olhos, aguardando o beijo. Ali naquela posição não tinha para onde fugir, então era só aguardar. Alfonso lhe deu um selinho, Anahí entreabriu os lábios dando passagem para a língua dele e iniciaram um beijo calmo, apaixonado. Alfonso deliciou-se com aquele doce sabor e lábios macios de Anahí. Separaram-se quando o ar lhes faltou.

- Eu... eu preciso ir... – ela falou com a respiração um pouco ofegante.

Alfonso fez menção de beijá-la novamente e ela virou o rosto. Ele entendeu e levantou-se, um pouco transtornado, não ia forçar se ela não quisesse. Sem dizer nada, a loira foi em direção à porta rapidamente e saiu, fugindo como alguém que comete um crime. O moreno observou-a sumir de seu campo de visão, e então sentiu uma fisgada entre as pernas. Alguém dava indícios de que ia acordar. Soltou o ar pela boca e foi tomar um banho gelado para acalmar os ânimos.

Como combinado as oito Alfonso estava tocando a campainha do apartamento de Anahí. Aquela noite mal havia conseguido dormir, recordando do beijo. A loira pulou do sofá, já estava pronta, por incrível que pareça.

- Bom dia pequena! – ele falou animado, beijou sua testa e deu o seu melhor sorriso a ela.

- Bom dia bebê! – sorriu de volta e beijei-o na bochecha.

Um táxi os aguardava para irem até o aeroporto. Logo ao chegarem fizeram o check-in e aguardaram na sala de embarque.

- Poltronas separadas. – ele fez uma careta e ela sorriu.

- Eu consigo sobreviver longe de você senhor Herrera! – brincou.

O voo deles foi anunciado, Alfonso levantou da cadeira e estendeu a mão para que Anahí levantasse. Abraçou-a de lado e caminharam assim até o avião. A poltrona de Anahí era do lado contrario de Alfonso. Não havia ninguém sentado ao seu lado, e ela pediu mentalmente para que ficasse vaga. Logo apareceu um moreno, alto e musculoso e parou ao seu lado, pediu licença e sentou-se na poltrona vaga. Anahí praguejou mentalmente, olhou para trás e viu que ao lado de Alfonso estava um homem de uns 50 anos mais ou menos. Ele fez uma careta e ela retribuiu.

Quando já estavam no ar, Caio, o homem ao lado de Anahí puxou conversa. Logo estavam aos risos, fato que incomodou Alfonso. Seu coração apertou e o ciúme falou mais alto. Sua vontade era de ir lá tirar satisfações, mas se o fizesse arrumaria encrenca com Anahí.

Uma aeromoça passou entregando amendoim, Alfonso pegou um pacote, abriu-o e jogou na direção de Anahí.

"Na falta de pipoca, vai o amendoim", pensou o moreno.

Anahí o repreendeu com o olhar, jogando um amendoim de volta, acertando no senhor ao lado de Alfonso. Ela segurou o riso e ajeitou-se na poltrona. Caio direcionou o olhar para onde a loira olhava. Seria namorado dela ou apenas um amigo, irmão?

A viagem não foi muito longa, Caio usou de todos os artifícios para conseguir o numero do celular de Anahí, mas a loira negou-se, alegando que o namorado era muito ciumento. E que as aulas de surf que ele havia sugerido poderiam ser dadas caso o namorado aceitasse fazer também.

Assim que desceram do avião, Alfonso passou o braço sobre os ombros de Anahí e seguiram ao portão de desembarque para retirar as malas. Caio desceu na cola de Anahí, estava encantado com tamanha beleza, e não gostou de ver ela abraçada com outro homem.

Feliz da vida com a possibilidade de não trombar com o tal surfista, Alfonso e Anahí foram até o hotel.  

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