Capítulo 44

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POV Alfonso Herrera Rodriguez

- FOGO! FOGO! CORRE! – ouvi alguém gritar e pulei da cama assustado acordando Anahí que olhava para Maite parada na porta tentando entender.

Ela esfregou os olhos, encarou a irmã e caiu de volta na cama. Foi ai que vi Maite rindo e percebi que era brincadeira dela.

- Bonito vocês dois. – ela repreendeu estalando a língua - Eu aqui preocupada com minha irmãzinha e ela aí dormindo... – Maite falou entrando no quarto e puxou as cobertas.

Agradeci por termos tomado banho e estarmos vestidos. Anahí reclamou e afundou a cara no travesseiro. Eu não sabia se expulsava Maite do quarto ou se ria da situação.

- Tsc tsc tsc... Que horas vocês foram dormir ontem? – ela levou às mãos a cintura.

Anahí ergueu a cabeça e gemeu de dor. Era cômico de se ver.

- Vai embora Mai, me deixa dormir. – ela falou com a voz rouca – Ai minhas costas! – falou esfregando-as.

- Nada disso, já são dez horas e vocês vão pular da cama. – Maite ordenou estalando os dedos - E a senhorita vai ter que me explicar onde estava esse tempo todo.

Anahí levantou sentando na cama com dificuldade, com a cara amassada e os olhos semi abertos.

- Você não encosta em mim por uma semana! – alertou me olhando com uma carinha de dor.

- Mas foi bem gostoso.. – sorri malicioso pra ela, Anahí fechou a cara – eu faço uma massagem depois pequena.

- NÃO! – ela gritou – eu sei bem onde essa massagem vai parar – ela esfregou os olhos.

- Meu Deus Anahí você está só o bagaço – ela caiu na gargalhada – O que fez com minha irmã? – ela me encarou.

- Quer mesmo que eu te conte? – perguntei ironicamente e ela levou a mão a boca.

Anahí se levantou, tentou né. Gemeu de dor e se jogou na cama novamente.

- Sem condições hoje... Sério... – ela puxou as cobertas e se cobriu.

Maite acabou desistindo quando eu voltei a deitar também.

- Esta doendo muito pequena? – perguntei preocupado, distribuindo beijos em seu rosto.

Ela apenas assentiu. Pedi que virasse de bruços e peguei um de seus cremes e fiz uma massagem, sem malicia. Claro que antes de iniciar tive que jurar que não passaria disso. Confesso que se ela não estivesse com dor eu faria amor com ela mais uma vez.

- Precisamos conversar. – Ela falou sentando-se e me olhou seriamente. Perigo. Pela cara de Anahí não seria nada agradável a nossa conversa. – Você foi um animal comigo há uns dias atrás.

- Eu sei, e peço perdão pela forma que agi contigo. – murmurei triste. Puxei o ar, traguei saliva – Agi por impulso, foi coisa de momento. Estava tão irritado com Alicia que acabei descontando tudo em você.

- Você me culpou pela irresponsabilidade da sua irmã. – Anahí rebateu.

- Eu errei e te peço perdão. – falei arrependido. A angústia me perturbava – Fiquei desnorteado, perdido, decepcionado por não confiar em mim.

- Sua irmã confiou em mim Alfonso. – ela cuspiu as palavras e me olhou séria - Eu prometi que não contaria a ninguém. Coloque-se no lugar dela... Você gostaria que eu saísse por aí contando algo sobre sua intimidade?

- Não, de forma alguma. – falei calmamente. Ela como sempre tinha razão, então suspirei – Agora eu vejo perfeitamente a cagada que fiz. Se tivesse o poder de voltar ao tempo mudaria tudo.

- Infelizmente você não é o Flash e não tem esse poder. – murmurou. - Ainda estou chateada com sua atitude, ainda dói. – disse angustiada - O que houve aqui nesse quarto, nessa cama a noite foi por impulso. Deveria ter conversado com você antes. – falou meio que em um sussurro. Lhe lancei um olhar decepcionado.

- O que quer dizer com isso? Que está arrependida de fazermos amor? – indaguei preocupado com a resposta. Com muito medo de Anahí dar um ponto final em nosso relacionamento. Agi como um animal com ela, e essa seria a consequência mais dolorosa desse meu comportamento.

- Não Alfonso. – ela disse rapidamente - Agimos por impulso, por saudade. Daqui pra frente temos que pensar mais antes de agir pelo calor do momento. Não somos mais adolescentes.

- Você tem razão. – afirmei com a cabeça - Prometo a você que as coisas vão ser diferentes de agora em diante.

- Assim espero. – ela outra vez murmurou, estava com a cara não muito agradável - Será a sua última chance Alfonso. Eu te amo demais, e não vou ficar suportando essas suas crises pelo resto da minha vida. – disse e eu levei um soco na cara. Teria de andar na linha ou a perderia para sempre. E evitaria a todo custo.

- Eu prometo a você. – falei erguendo a mão direita. 

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