Capítulo 31

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Pulei de seu colo e ele deu um tapa na minha bunda, eu virei e dei língua pra ele, fazendo todos rirem. Estendi a mão para Alicia, que a segurou e caminhamos para seu quarto. Quando coloquei o pé no topo da escapa escutei alguém subir atrás de mim, não precisei nem virar, eu já sabia quem era.

- Se você der mais um passo você dorme do lado de fora! – falei calmamente.

- Corre Alfonso! – ouvi Maite falar alto fazendo os outros rirem.

Alicia se virou. Sabia que ele estava ali, bem no pé da escada me encarando. Sentia seu olhar nas minhas costas. Me virei com uma cara não muito boa e o encarei.

- Está avisado. Não ouse chegar perto daquele quarto – olhei desafiadora pra ele.

Virei jogando os cabelos para trás, empinei o nariz e andei com Alicia até o quarto. Entrei e sentei ao seu lado na cama.

- Sozinhas finalmente – eu sorri – o que esta te incomodando meu anjo? – me sentei na cama, ela sentou do meu lado.

- Eu não sei por onde começar... – ela baixou o olhar, focando as unhas.

- Pelo começo? – arqueei uma sobrancelha e fiz uma careta, ela riu.

- Sabe que eu estou namorando né? – eu assenti – então, a gente esta junto a uns quatro meses e bem... – ela me olhou com uma carinha confusa.

Eu sorri. Entendi perfeitamente aonde ela quer chegar. Percebia que estava com medo de falar nesse assunto, estava assustada e com receio. Peguei uma das almofadas em sua cama e coloquei em seu colo. Ela me olhava e sabia que buscava as palavras para me falar, abria a boca, mas não saia nada, então eu resolvi tomar a frente e perguntar as coisas a ela.

- Você o ama? – ela assentiu - você acha que ele é o cara certo? – ela assentiu mais uma vez – você realmente acha que está na hora de dar esse passo no namoro? – ela corou e abaixou o olhar mais uma vez.

- Eu... é... eu não sei... – ela falou insegura, se levantou.

Foi ai que eu vi uma sombra por baixo da porta. Respirei fundo, apertei a almofada em meu colo. Levantei e fui até a porta, respirei fundo mais uma vez. Podia sentir o seu perfume, era ele. Miserável, ele vai ver com quantos paus se faz uma canoa!

- Ali você gosta muito desse abajur? – apontei para o objeto que estava em cima de uma mesinha próximo a porta.

- Gosto... – procurei outra coisa pelo quarto – na verdade ele nem funciona, já era pra eu ter me desfeito dele e... – ela se calou quando me viu pega-lo e abrir a porta numa rapidez incrível.

Alfonso estava na porta e me olhou com a maior cara de pau quando eu abri.

- Amor! – deu um sorriso cínico.

Eu ergui o abajur, ele arregalou os olhos e disparou a correr. Eu corri atrás dele e joguei o abajur fazendo barulho.

- EU AVISEI ALFONSO! – juntei alguns cacos e corri atrás dele arremessando – IDIOTA! EU TE ODEIO! – gritei nervosa.

Alfonso parou e me olhou segurando a risada. Logo os outros apareceram próximo a escada ao seu lado.

- Amor, calma – ele me olhava rindo, fazendo um gesto para eu parar com as mãos.

- CALA A BOCA ALFONSO! – gritei furiosa.

Ele continuava rindo. Ele não me conhece. Pois agora vai conhecer uma Anahí que até então desconhecia.

- Eu avisei que não ia prestar ele subir – Maite cruzou os braços balançando a cabeça.

Eu virei e vi Alicia na porta do quarto assustada e com medo.

- Ali amanhã eu te ligo pra conversarmos tudo bem? – falei respirando fundo.

Soltei o ar de uma vez, como se estivesse bufando. Ela assentiu e eu virei e caminhei em direção à escada. Todos me olhavam receosos, eu passei por eles e senti uma mão me segurar meu braço.

- Me solta – pedi sem olhar pra trás, respirei fundo – cala a boca e não venha atrás de mim.

- Any eu estava brincando poxa... – disse tentando se explicar. Eu puxei meu braço e ele apertou mais.

- Você esta me machucando – alterei o tom de voz, ainda sem olha-lo. E eu sabia que todos me olhavam.

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