Capítulo 35

550 39 13
                                    


Dois meses depois...

Anahí e Alfonso praticamente moravam juntos. Dividiam a empregada, que ficava segundas, quartas e sextas na casa de Alfonso e terça, quinta e sábado na casa de Anahí. Maria fazia o almoço onde estava no dia e os dois almoçavam juntos. Dormiam juntos todos os dias, revezando às vezes de apartamento.

Alfonso ficava mais na casa dela do que na dele, e já estavam pensando na possibilidade de comprarem um apartamento maior para os dois morarem juntos. Os dois eram só sorrisos, declarações de amor. Maite estava gravida do segundo filho, descoberta feita há pouco tempo, sendo assim no primeiro mês de gestação. Ela e Alex já tem Miguel que agora estava com quase dois anos.

POV Anahí Giovanna Puente Portilla

Alicia chegou chorosa e desesperada em minha casa.

- Any aconteceu... – Alicia disse assim que entrou comigo no quarto. Ela estava nervosa.

- Aconteceu? – perguntei.

- Minha primeira vez... – ela deu um sorrisinho.

- Vocês preveniram? – ela abaixou a cabeça e negou – foi ontem? – ela negou – hoje? – ela negou – então quando?

- Há dois meses – ela me encarou com os olhos mareados – eu... Eu acho que estou gravida... – desabou a chorar.

Eu a abracei, acariciei suas costas e fiquei assim até que ela se acalmasse.

- Eu estou com medo Any... me ajuda por favor! – ela já voltava a chorar.

- Calma... Você fez o exame? – ela negou – Ok. Vamos até um laboratório e a gente faz... – peguei minha bolsa, avisei a Maria que sairia com Alicia.

Fomos até o laboratório mais próximo. Estacionei em frente e Alicia disse que entraria sozinha. Em torno de quinze minutos depois ela entrou no carro.

- Daqui a duas horas posso pegar... – ela falou entrando e eu assenti.

- Alicia eu estou com você, não esqueça – sorri pra ela.

Passado às duas horas voltamos ao laboratório e mais uma vez Alicia entrou sozinha. Entrou no carro com o envelope das mãos.

- Não tive coragem de abrir... – fitou o envelope.

- Quer que eu abra? – ela negou, suspirou e abriu.

Vi seus olhos se encherem de lágrimas e ela desabar a chorar. Respirei fundo, o exame deu positivo. Sai do carro, dei a volta, abri a porta do carona e ajudei Alicia a sair, já que ela tremia muito. Sentei com ela em um banco ali perto. Ela me abraçou desesperada.

- Meu pai vai me matar Any! – e desabou em lágrimas mais e mais.

Pedi que Alicia se acalmasse dizendo que estava com ela mais uma vez. Voltei para casa e liguei para Bruno, namorado dela. Ele veio, conversamos e ele também entrou em desespero.

- Agora o que tem a fazer é manterem a calma e enfrentar a responsabilidade de colocar um filho no mundo. Eu estarei aqui sempre. – falei olhando aos dois a minha frente.

- Eu não sei o que seria de mim sem você. – ela me abraçou chorosa.

- Engraçado, tem mais alguém que fala isso e eu não consigo lembrar quem é? – falei brincando para tentar quebrar aquele clima tenso.

- Any tem um problema... – Alicia me encarou.

- Qual? – a encarei.

- Eu dei o seu nome no laboratório. – ela fechou os olhos.

- Que? – falei um pouco alto.

- Desculpa... – ela desviou o olhar.

Eu suspirei. Sinto problemas chegando. Alfonso não aceita mentiras, é Anahí quis ajudar a cunhada se fudeu.

- Ali por quê? Estou encrencada se teu irmão descobrir... – confessei.

- Toma, guarda, faz o que quiser... – me entregou o exame.

Terei que guardar isso bem. Voltei pra casa depois de deixar Alicia em sua casa. Tirei o celular da bolsa e não percebi que junto caiu outra coisa. Larguei a bolsa na cama e fui pra casa de Maite. Precisava me distrair um pouco.

You're My Number OneOnde histórias criam vida. Descubra agora