You're My Number One

Capítulo 40

POV Alfonso Herrera Rodrigues

- O QUE ACONTECEU? – eu gritei – ME EXPLIQUE VOCÊ ANAHÍ! – eu andava de um lado pro outro – você sabe que eu odeio mentiras – a encarei e apontei um dedo pra ela – e mesmo assim você mentiu pra mim! – dei um murro na estante fazendo ela se encolher no sofá.

- Do que você está falando? – ela me encarou com os olhos mareados.

- Agora se faz de desentendida! – me aproximei dela a segurando pelos ombros – porque escondeu de mim sobre a gravidez da Alicia? – a chacoalhei e ela arregalou os olhos.

- Poncho eu...

- CALA A BOCA! EU CONFIAVA EM VOCÊ! VOCÊ MENTIU PRA MIM! – gritei alterado.

- EU NÃO CONTEI PORQUE ELA ME PEDIU! – ela respondeu no mesmo tom, deixando as lágrimas caírem.

- E AINDA TEM AQUELE EXAME! VOCÊ ACOBERTOU A SAFADEZA! – eu ergui uma das mãos e Anahí fechou os olhos.

- VAI ME BATER AGORA? – ela me olhou com fúria – ACHA QUE PODE ENTRAR NO MEU APARTAMENTO E ME ACUSAR DESSA FORMA?

- NÃO SE FAÇA DE INOCENTE QUE EU SEI QUE VOCÊ NÃO É! – estávamos cara a cara.

- SAI DO MEU APARTAMENTO AGORA! – ela apontou para a porta.

- EU VOU SIM... EU VOU PORQUE NÃO SUPORTO MAIS OLHAR PRA SUA CARA! VOCÊ ME DA NOJO! EU NÃO QUERO TE VER NUNCA MAIS! VOCÊ ME DECEPCIONOU ANAHI! – dei de do na cara dela.

- É RECIPROCO MEU QUERIDO! – ela andou até a porta a abriu – DESAPARECE, SOME DA MINHA FRENTE!

Eu a encarei, ela desviou o olhar e eu sai, entrei em meu apartamento batendo a porta.

POV Anahi Giovanna Puente Portilla

Assim que Alfonso saiu de meu apartamento eu me encostei na porta e me deixei cair ali sentada e chorei por um bom tempo. Levantei, fui até meu quarto, respirei fundo. Peguei a mala e joguei algumas roupas dentro. Preciso ficar sozinha, sumir e ir pra bem longe. Tomei em mãos meu passaporte, peguei as chaves do carro e a mala e desci até a garagem. Sai de casa sem avisar nada a ninguém. Nunca havia visto Alfonso daquela forma. As palavras dele me machucaram muito.

Cheguei ao aeroporto, acertei o estacionamento do meu carro, comprei as passagens e em meia hora já estava no avião. Sei que fugir não é o melhor remédio, mas eu preciso ir pra bem longe dele. Preciso do colo de minha mãe.

Algumas horas depois cheguei em Nova York. Chamei um taxi, liguei meu celular e tinha várias chamadas de Maite. Apenas digitei uma mensagem.

"Estou bem, não se preocupe. Te amo maninha".

Coloquei o celular de volta na bolsa e segui para o apartamento de Christian, meu primo, onde meus pais estavam passando uns dias. Era por volta das três horas da madrugada quando parei em frente ao apartamento dele. Toquei a campainha e ouvi Chris resmungar, xingar do lado de dentro. Assim que abriu a porta ele se assustou comigo ali parada.

- Chris... desculpa vir essa hora... eu... – tentei controlar as lagrimas.

Ele me puxou para um abraço, me trouxe um copo com água pedindo que eu me acalmasse. Contei a ele o que acontecera, em meio a soluços por conta do choro. Fui até seu quarto, tomei um banho e deitei em sua cama. Demorou um pouco e eu dormi chorando.

Acordei na manhã seguinte com meu celular tocando. Olhei no visor e vi que era Maite. Não estava a fim de falar com ela. Fui até o banheiro, olhei meu reflexo no espelho e estava péssimo. Estava com os olhos inchados, com olheiras e aparência cansada. Tomei um banho rápido, fiz uma maquiagem pra disfarçar as olheiras e fui até a sala onde estavam meus pais e Chris. Minha mãe veio até o meu encontro e me abraçou.

- Eu avisei que o mataria – meu pai falou entre os dentes.

- Não quero falar nesse imbecil, por favor... – pedi com a voz embargada.

Chris já havia contado tudo a meus pais, que passaram o dia me mimando e enchendo de carinhos.

Por volta das seis horas da tarde peguei meu celular e vi as chamadas não atendidas: 32 de Maite, 25 de Alex, 30 de Jade, 15 de Alicia, 12 de Joana. Respirei fundo. E também tinha muitas mensagens, todos preocupados me procurando. Mandei outra mensagem pra Maite.

"Estou viva Mai. Estou bem longe. Preciso ficar sozinha, quando for o momento certo eu voltarei. Se cuida, te amo"