Capítulo 11

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POV Alfonso Herrera Rodriguez

Me arrumei rapidamente, já estava atrasado para o evento. Olhei para Anahí que estava sentada na cama, ainda de roupão penteando os cabelos molhados. Como era linda, toda perfeita. Cada detalhe de seu rosto, de seu corpo. Senti uma necessidade imensa de correr até ela, abraça-la, aperta-la contra meu peito e nunca mais largar.

- Pequena, precisamos ir – fui até ela e beijei sua testa.

Anahí se levantou, largou a escova na cama e me puxou pelo cós da calça.

- Vai indo que depois eu te encontro lá embaixo bebê – ela me deu um selinho demorado – vou te atrasar demais.

Eu assenti, dei um beijo demorado e desci. Caminhei em direção ao evento, onde um dos arquitetos presentes explicava um de seus projetos. Sentei no lugar reservado a mim e prestei atenção no que ele falava.

POV Anahí Giovanna Puente Portilla

Terminei de me arrumar, coloquei uma calça até os joelhos tipo pescador branca, uma blusinha transparente branca com umas flores grandes em laranja. Por baixo coloquei um biquíni laranja, para depois curtir a praia com meu noivo. Até três dias atrás quando chegamos eu era só a Anahí, hoje eu sou a Anahí noiva de Alfonso, futura senhora Herrera.

Desci e encontrei Alfonso dando uma mini palestra. Me escorei em um pilar e o observei sorrindo. Ele me viu e sorriu, eu joguei beijos e fiz um coração pra ele que me olhou com cara de "para que esta tirando minha concentração". Eu sorri balançando a cabeça.

- Olá Anahí! – ouvi uma voz masculina ao meu lado, me virei para ver quem era – lembra de mim? Caio do avião... – eu assenti – Então... quando vai se inscrever na aula de surf? – Nunca querido, eu pensei. Porque está aqui? Poderia o teto despencar na cabeça desse imbecil.

Eu dei um sorrisinho amarelo. Nossa nem lembrava disso, aliás tinha até esquecido desse moreno marombado metido a galã do horário nobre.

- Bem, não vai rolar, morro de medo dessas coisas – fiz uma careta.

Eu estava tentando ser educada. Vi Alfonso lançar um olhar pra mim. Ele estava com ciúmes. O carinha tocou minha cintura.

- Eu estarei lá para te proteger gata! – ele piscou pra mim e eu soltei um risinho irônico.

- Não, obrigada. Fica pra próxima! – falei e voltei minha atenção pra Alfonso.

Ele falou algo que eu não prestei atenção e fiz sinal para que fizesse silencio, pois queria prestar atenção. Podia sentir o olhar de cobiça dele sobre mim. Estava calor demais, então enrolei o cabelo, fazendo um coque.

- Nossa o que foi isso no seu pescoço? – ele perguntou tocando no local.

Devo ter esquecido do detalhe do pescoço. Dei um meio sorriso.

- Consequências de uma noite bem produtiva com meu noivo – sorri pra ele e sai de perto indo ao encontro de Alfonso. O abracei e dei vários selinhos.

- Juro que quebro a cara desse surfistinha se ele voltar a chegar próximo de você – falou baixo para que só eu pudesse ouvir.

- Relaxa bebê – alisei suas costas e mirei seu pescoço – meu pescoço esta marcado, mas o seu não fica muito atrás – mordi sua orelha e gargalhei.

- Quer que eu te mostre a situação das minhas costas? – ele estreitou os olhos me olhando.

Levou as mãos até a barra da camisa insinuando a tirar. Eu segurei em suas mãos.

- Tenho certeza de que não esta muito diferente das marcas roxas em meu corpo – falei com a boca colada na sua, lhe dando vários selinhos.

- Com licença? – soltei Alfonso e vi uma mulher de uns 35 anos – Alfonso certo? – perguntou para ele e Alfonso assentiu – me falaram muito bem de seu trabalho! Sou Luiza – ela estendeu a mão pra ele – e você deve ser a noiva dele – eu sorri e ela me cumprimentou com dois beijinhos. – Soube que são os melhores no ramo! Bem, vou direto ao assunto... estou querendo algo diferente na minha casa. Estou me mudando pra cá e quero algo bem aconchegante... e bem, gostaria ver algum trabalho de vocês.

- Ao meu lado está a melhor decoradora do mundo! – ele falou e beijou minha bochecha. Eu dei um sorriso tímido.

- Mentiroso! – cutuquei sua cintura. Ela sorriu.

- Poderia ver algum ambiente que decorou? – voltou o olhar pra mim.

- Sim, só preciso pegar o notebook no quarto – expliquei. 

You're My Number OneOnde histórias criam vida. Descubra agora