Capítulo 34

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- Você o Poncho... bem... já... – Alicia perguntou corada.

- Já sim– sorri – Até uns vinte dias atrás eu tinha esse mesmo medo... – ela me encarou com os olhos arregalados – e é normal quando se trata da primeira vez... E sim, seu irmão foi o primeiro... Não me olha com essa carinha assustada! – falei rindo.

- E como foi – ela estreitou os olhos – dói muito?

- Foi maravilhoso... – suspirei apaixonada – quanto à dor, varia de mulher pra mulher. Não é uma regra. É desconfortável no inicio, mas logo você acostuma...

- E... é... como você soube que estava na hora? – ela mexia nos dedos.

- Você saberá quando for a hora... – pisquei.

Alicia sorriu e me abraçou dando um beijo estalado em minha bochecha. Falei mais um pouco com ela e depois pedi que ela fosse até a casa de Maite na frente, pois antes de subir, acertaria as coisas com Alfonso ciumento Herrera. Que os anjos me ajudem me deem forças e paciência para tolerar as desculpas e lamentações dele. Eu o amo, mas detesto o fato dele não respeitar minha privacidade.

POV Alfonso Herrera Rodriguez

Mal havia conseguido dormir aquela noite. A briga com Anahí tinha tirado meu sono. Eu havia agido como um idiota e precisava pensar em algo para que ela me perdoasse. Se bem a conheço esta magoada. Levantei-me, fiz minha higiene, tomei um banho e enquanto a agua caia sobre meu corpo eu tentava pensar em alguma forma de falar com Anahí.

Preciso falar com ela hoje ou vou enlouquecer. Mais uma noite sem ela do meu lado e amanhã não terá Alfonso pra contar história. Como era difícil dormir longe dela, por diversas vezes a noite acordei sentindo a falta do peso dela em meu peito e de minhas mãos em torno do pequeno corpo curvilíneo dela.

Sai do banheiro e me troquei. Olhei no relógio e a essa hora Anahí estaria no apartamento de Maite para o nosso almoço de domingo. Mais tarde iria ao apartamento de meu irmão tentar me resolver com ela. Afinal era o tradicional almoço de domingo, então talvez consiga falar com ela e me desculpar. Terei que pedir ajuda aos céus, pois sei que minha princesa amada está irritadíssima.

- Você nem imagina o poder que tem sobre mim Anahí... – murmurei, falando sozinho. Que tipo de homem sou eu que enlouquece quando está longe da mulher que ama? Eu necessito sentir o cheiro dela.

Joguei-me no sofá e troquei os canais da televisão, buscando por algo que me interessasse. Infelizmente nada atraia minha atenção. Poderia aparecer uma mulher completamente nua se oferecendo e eu a rejeitaria. Foi então que ouvi o barulho da porta se abrindo, e quando olhei para lá, meus olhos se encontraram com aqueles azuis lindos e intensos.

A passos lentos ela caminhou até mim. Me sentei no sofá e ela sentou ao meu lado.

- Acredito que precisamos conversar sobre ontem... – ela disse em um sussurro.

- Me perdoa pequena? – perguntei franzindo a testa.

- Você sabe que eu detesto que não respeite minha privacidade. Eu pedi que ficasse longe, a conversa era particular. Ou você não compreende o português?

- Eu errei, me perdoe! – eu falei perdendo a paciência.

- As coisas não funcionam assim Alfonso! – Anahí exclamou, um tanto impaciente também - Você erra e só vem pedir perdão e acaba? Sabe que comigo isso não rola.

- Você quer discutir a relação?

- Colocar os pingos nos is Alfonso. – ela bufou, segurou em minhas mãos e me olhos nos olhos – Eu amo você demais, tanto que chega a doer.

- É reciproco esse amor, sabe disso.

- Pois não parece. Ontem tive a sensação de que não confia em mim.

- Claro que eu confio, eu só...

- Você o que Alfonso? – ela perguntou erguendo o tom de voz – Não aceita o fato de sua irmã preferir conversar comigo ao invés de você ou o que?

- Ali nunca me escondeu nada, e a curiosidade falou mais alto. – eu confessei dando um sorriso amarelo para ela. Anahí virou os olhos e meneou com a cabeça.

E a nossa conversa se entendeu por quase uma hora. Depois de me jogar na cara que devo respeitar a privacidade dela e de qualquer outra pessoa várias vezes, Anahí me perdoou. Para minha tristeza ela negou-se a ficar no apartamento e fomos até o apartamento de Maite almoçar. 

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