d o z e • A b i g a i l

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CAPÍTULO 12
Abigail

O dia estava opaco e muito frio, a neve caia forte do lado de fora. Olho para o lado e vejo Daniel dormindo no sofá, me levanto devagar para não acorda-lo e sigo em direção a porta, eu queria ver como estava o lado de fora e me assusto ao ver que a neve não me deixa abrir a porta.

Ah não.

Pego meu celular e vejo que acabou a bateria, mas que merda! Eu tinha que começar a ver o local para Belinda e Jesse ficar e pelo jeito ficarei presa nessa cabana.

Respiro fundo e decido e preparar algo para comermos, ontem o Daniel me parecia bem cansado e eu devia algo pela hospitalidade dele.

Me pego olhando para ele novamente e reparo em como ele é lindo. Suspiro e demoro tirar meus olhos dele e ir para cozinha. Abro os armários e me impressiono ao ver que estava tudo lotado e tinha diversos coisa para comer.

Faço panquecas rapidamente evitando fazer barulho para não o acorda. Depois de pronto olho para a mesa prepara e sinto orgulho do meu trabalho.

- Que cheiro delicioso. – Dou um pulo assustada com a voz próxima de Daniel.

- Que susto, homem. – Coloco as mãos no peito normalizando minha respiração.

- A nevasca está forte lá fora. – Daniel diz indo até a janela para verificar. – Acho que teremos que ficar aqui por mais um dia. – Ele fala e pega seu celular. – Merda, estou sem bateria.

- Meu celular também está no zero. – Reclamo.

- Vou procurar por um carregador. – Ele diz e eu protesto.

- Pode tomar café tranquilo, vou ver se eu acho algum no carro.

- Não tem condições de sair. – Ele fala e me puxa de volta. – Tome café da manhã comigo.

E foi o café da manhã mais divertido que eu podia ter. Era tão fácil conversar com Daniel, ele me fazia rir com suas histórias e me fazia sentir à vontade com sua presença.

Gargalho com sua história e para de rir ao ver que ele me encarava fixamente.

- O que foi? – Pergunto envergonhada.

- Você é linda, mas quando sorri... – Ele sorri de lado. – Fica maravilhosa.

Sem saber como reagir a tamanho elogio eu só sorrio e me levanto constrangida. Daniel era lindo demais e por mais que eu quisesse que ele me notasse eu nunca pensei que isso de fato viesse a acontecer.

- Hmmm, vou procurar pelo carregador. – Ele continuava sorrindo ao perceber o efeito que suas palavras tiveram em mim.

- Claro, eu lavo a louça. – Ele avisa e eu saio da cozinha correndo.

Procuro por um carregador pela casa toda e não o encontro. Eu tinha certeza que eu deixo um carregado no carro, aproveito que Daniel está na cozinha ainda e saio pela janela da sala com a chave do carro. Eu precisava de um carregador, meus irmãos surtariam se eu não desse um sinal de vida.

O vento gelado estava cortante, tento andar mais rápido e começo a descer até o carro. Minutos depois eu estava dentro do carro tentando me recuperar do frio horrível que fazia do lado de fora.

Pego o carregador no porta-luvas e saio do carro e sem aguentar o frio começo a correr de volta para cabana. Em um momento eu corria e no outro me esparramava no chão.

- Merda! – Rosno.

Olho para minhas mãos raladas e levo a mão a cabeça que bateu no chão.

Depois da NevascaOnde histórias criam vida. Descubra agora