7 - Fraquejar

3.1K 420 513
                                    

A música que vai aparecer é a "Still love you" do Scorpions, obviamente traduzida. Podem ouvir e chorar comigo, pois eu estou só o lixo.

A verdade é que eu sei que fiz merda e não foi pouca

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A verdade é que eu sei que fiz merda e não foi pouca. Ainda estou muito puto dele ter me deixado, mas não consigo mais suportar a falta que esse idiota faz na minha vida. Imaginei que talvez, só de estar aqui, ele visse ao meu encontro, me poupando da vergonha de parecer estar indo atrás dele, só que ele sequer mexeu um músculo em minha direção.

Estou em um impasse. Eijiro não parece disposto ou com vontade de se aproximar, e eu, por mais que deseje, não quero dar o braço a torcer e parecer o errado. Mesmo que todo essa culpa esteja me corroendo.

Merda, Eijiro. Será que você realmente não quer mais nada comigo? Nem mesmo vir conversar ou olhar na minha cara? Eu te magoei tanto assim?

Frustrado, fiz algo que usualmente não faço: comecei a beber. Eu precisava fazer algo para não dar a impressão de que estava apenas stalkeando o meu ex e definitivamente não tenho assunto, tampouco disposição, para conversar com esses idiotas

Comecei com um copo simples de cerveja, comprovando que eu realmente detesto essa merda amarga.

Para o meu azar vieram alguns otários já alterados para o meu lado, conversar, de acordo com eles, apenas papear, mas o que estavam fazendo de fato era gritar igual loucos na porra do meu ouvido enquanto cospem litros de saliva na minha cara. Levantei colérico, chutando o sofá e explodindo alguns enfeites.

- Vai devagar, Bakugou, a gente está usando o espaço cedido pela escola. - Iida avisou, sério como sempre - Não o destrua, ou terá que se retirar.

- Vai à porra! - gritei. Não devo satisfações a ele, e começava a sentir o corpo estranhamente leve - Quero ver você tentar me tirar de algum lugar, idiota - desafiei-o com o olhar afiado.

Dei as costas ignorando o olhar torto dele e fui para a varanda pegar um pouco de ar, sentindo-me estranhamente leve e meio desorientado, quem sabe até mesmo confuso. Ébrio? Talvez. Seria possível? Tinha pouco tempo que eu estava bebendo, será que meu organismo é tão fraco que está cedendo aos efeitos do álcool com tão pouco tempo? Eu não sei, nunca tinha estado bêbado na minha vida inteira.

Resgatei uma garrafa de sei lá o que quando o garçom passou entregando, e resolvi que dessa vez eu ia ficar bêbado. Foda-se tudo. Ao menos eu ia esquecer que sou covarde e orgulhoso demais para realizar o que tinha vindo fazer ali. O garçom tentou me impedir, afinal era uma garrafa grande e estava cheia, mas desistiu assim que o ameacei com as minhas explosões, saindo para continuar o serviço. Tenho certeza de que ele vai reclamar do meu comportamento com o senhor engomadinho que ainda acha que estamos estudando todo poderoso representante de turma. Ele que viesse dar uma de engraçado para cima de mim, repreendendo-me como se fosse seu filho que vai ver se não o explodo junto com meio lugar. Eu estou muito estressado para aceitar qualquer coisa.

Winter (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora