Desde que ele partiu minha vida se tornou inverno. todos os dias são frios e cinzas, sem cor ou vida. Tudo me faz falta, o som de sua risada, a cara de idiota...
Contudo, eu me recuso a ir atrás dele, afinal, tenho meu orgulho e reputação a zelar.
...
Chegay!!!!! Com mais um capítulo dessa fic cheirosa que nos deixa a ponto de morrer de ódio, amores e tristeza. Para quem não me conhece ainda, prazer, eu sou a rainha dos plots desgraça, twist e drama. Segura a minha mão e vem!
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- Você ainda o ama? - Izuku me perguntou de maneira cautelosa, ponderando as palavras, visivelmente desconfortável com o assunto, mas claramente sentindo-se na obrigação de fazer algo.
Suspirei cansado, com um olhar perdido nas pessoas ao redor. Não era algo que queria pensar naquele momento, não depois de passar os últimos cinco anos da minha vida me martirizando com o assunto Bakugo, suas vontades, preferências e atos e me esquecendo de mim.
- Sim, eu o amo. Na verdade amo demais, de uma maneira absurda, e provavelmente nunca vou deixar de amar. - desanimado virei mais um copo de Martini - Mas o Katsuki é uma pessoa difícil de lidar, você sabe como ele é, também passou a maior parte da vida aturando ele. Ele não vai mudar e nós dois sabemos disso.
- É, eu sei - Concordou anuindo com a cabeça - O Kacchan sempre teve uma personalidade um tanto explosiva - ambos rimos daquele trocadilho horrível - O que não significa que seja uma pessoa ruim.
- Isso não, acredite ou não ele pode ser um amorzinho quando quer. - Midoriya sorriu surpreso com a minha afirmação - Sim, eu sei, parece difícil de acreditar, mas é verdade. Debaixo de todas aquelas camadas de masculinidade e stress existe sim um homem amoroso. O problema é que tem que descascar muito para achar ele.
- Só você mesmo para ter pique para isso.
Sorri amarelo com aquela fala. Será que eu ainda estava disposto a redescobrir aquele Katsuki escondido? Valia a pena? Ainda tinha animação para isso? Será que eu correria o risco de tentar novamente? Eu sei que o deixei, e tinha que ser definitivo, mas eu ainda brigo comigo mesmo pelo que fiz, porque mesmo tendo sido uma decisão necessária, pensada em mim, para sanar o mal que os ciúmes dele provocaram a minha saúde mental eu ainda estou em dúvida.
Talvez no fundo eu seja apenas um fraco mesmo.
- Vocês... ainda estão juntos? - perguntou de maneira cautelosa.
- Não mais. - revelei com um suspiro pesado. Midoriya me olhava surpreso.
Izuku percebeu o meu desconforto e se ajeitou na cadeira. Acho que ele também não está acostumado a essa versão minha, mais centrado, menos sorridente e ingênuo.
- Sabe, Eijirou, eu não sei como era o relacionamento de vocês, mas tenho certeza de que teve um bom motivo para tomar a sua decisão. Não se sinta mal por isso - tentou me reconfortar. Vê-lo tão paciente e solícito me deu uma puta vontade de chorar, mas eu me contive. Talvez fosse o álcool, apesar de saber que eu não tinha bebido o suficiente para ficar bêbado - Se precisar de alguém para conversar, pode contar comigo.
Ele sorriu de maneira meiga e me deixou constrangido.
- Obrigado, Izuku. Eu só espero realmente ter tomado a decisão certa.
