Desde que ele partiu minha vida se tornou inverno. todos os dias são frios e cinzas, sem cor ou vida. Tudo me faz falta, o som de sua risada, a cara de idiota...
Contudo, eu me recuso a ir atrás dele, afinal, tenho meu orgulho e reputação a zelar.
...
Calma pequenos gafanhotos, Just calm down. Eles vão. Não tenha pressa. Rsrs
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Posso sentir cada fibra do meu corpo vibrar em protesto, mas não me importa. Preciso dar vazão ao ódio que se instalou em mim antes que eu faça alguma merda realmente grande, e a melhor saída para isso é socar a cara de alguém, nesse caso dos vilões que deram o azar de topar comigo.
Finalizei mais um, estourando-lhe as fuças até que caísse inconsciente, sem conseguir me conter. Me sentei em cima do corpo inerte do infeliz e continuei a socá-lo com força, xingando e praguejando a plenos pulmões a cada novo golpe.
Hoje completam exatas duas semanas que Eijiro saiu de casa e eu estou muito furioso e descontente, ou seja, um péssimo dia para lidar com vagabundo.
Realmente não entendo quais são as intenções dele. Ele não atende mais as minhas ligações, ignora por completo as mensagens que envio e chegou a me bloquear nas redes sociais. O pior é que eu sequer faço ideia de onde ele está hospedado, já que não me disse antes de desligar na minha cara da última vez que nos falamos por telefone, algo que nunca tinha feito antes.
Eu estou muito irado e inconformado com toda essa situação de merda. Porque ele não retorna as minhas ligações? Qual o motivo de tanta teimosia? Ele nunca fez algo parecido em todos os nossos anos de relacionamento e então, em um só dia, me fala aquele monte de babaquices e ainda desliga na minha cara! Eu já não estava muito feliz e depois disso meu humor ficou infinitamente pior.
A verdade é que eu não compreendo o que se passa na cabeça dura dele. Queria, mas não entendo, afinal, mesmo sendo inteligente, eu sou péssimo em interpretar sentimentos.
Será que tudo isso é por causa do meu suposto problema com ciúmes? Eu não sou tão ciumento assim, porra! Bem, talvez um pouco, mas não ao ponto de ser paranóico.
Ah, mas que merda! Que porra, Eijiro!
— Kacchan, chega, é suficiente, ele já está inconsciente!
Nada me deixa mais irritado do que alguém tentando interromper o meu momento de desforra, ainda mais sendo o maldito Deku. Ele tentou segurar o meu punho, mas eu desvencilhei.
— Me solta, merda! Não encosta em mim! — gritei com ele.
Abaixo de mim o vilão já estava irreconhecível de tanta porrada que lhe dei, e ainda não era suficiente. Eu queria mais, socar aquela cara feia até a marca dos meus punhos ficarem tatuados nas fuças dele. Não há sequer um pingo de racionalidade em mim nesse momento.
Um potente soco me fez parar.
Pego desprevenido, caí no chão e furioso ergui meus olhos para o maldito.
Eu avisei a ele pra não tocar em mim!
Me ergui de supetão, urrando de ódio e explodi o ar ao meu redor. Já que eu não podia desforrar a raiva em um maldito meliante o faria com a cara de idiota do Deku.
