13 - Batalha

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Mas olha eu aqui de novo com a quarta atualização do dia! Amo vocês, é isso!

Mas olha eu aqui de novo com a quarta atualização do dia! Amo vocês, é isso!

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Eu lutei e briguei ferrenhamente para que eles não o tirassem de mim. Fiz das tripas coração quando precisei sair do lado dele, desperdiçando momentos preciosos, para estar em frente a um juiz e apelar para que não fizessem aquilo, para que não o matassem. Expliquei meus motivos, me apegando a esperança de que eu, como marido, seria o único que poderia autorizar algo assim, mas no final foi tudo em vão. Todos os pedidos, apelos, gritos, lágrimas e desespero.

O juiz negou a minha apelação e assinou a sentença em favor do hospital.

Eles o matariam em poucos dias, tirariam-no definitivamente de mim.

Em desespero eu apelei para os veículos de comunicação, dei entrevistas, mostrei ao mundo a nossa história e o meu sofrimento, encarando de frente os algozes e abafando o meu orgulho que engoli pelo bem dele. Muitos se compadeceram e vieram clamar comigo, juntando suas vozes à minha: amigos e fãs, heróis e pessoas desconhecidas. Mesmo assim foi em vão.

Eu estava arrasado com aquela liminar judicial, definitivamente morto e destruído por dentro. Não havia para onde correr e sem ele eu não conseguiria mais viver, nem havia porquê.

Foi então que tomei a decisão final, a mais covarde. Comprei uma arma e a escondi no meu guarda-roupa, longe das vistas da minha mãe ou de qualquer um que pudesse tentar me dissuadir do meu propósito. Decidi morrer junto com ele. Assim que a data e horário marcadas naquela maldita liminar chegarem ao prazo eu vou estourar a porra dos meus miolos. Não tenho para onde correr e o que fazer, os demais se fazem surdos aos meus apelos, e eu não posso nem quero continuar esse calvário que é prosseguir a minha vida sem ele.

Aproveitei cada minuto, cada instante que podia em sua companhia, beijando-o e me desculpando, prometendo que logo estaríamos juntos pois eu não ia permitir que nada mais ficasse entre nós, nem mesmo a morte.

Era um plano ridículo, eu sei, eu nem mesmo creio que de fato exista algo após a morte, tipo um plano existencial superior ou essas porras sobrenaturais. É impossível ter certeza de que vai haver um depois, todavia eu não tenho mais o que perder, e mesmo que não haja nada do outro lado senão o vazio, é sem dúvida milhões de vezes melhor que a dor que eu teria que suportar do lado de cá sem ele.

Quando finalmente chegou o último dia eu estava preparado, convicto das minhas vontades.

Aguardei a chegada da equipe, pronto para me retirar assim que o médico entrasse pois eu não iria vê-lo partir na minha frente, nem presenciaria aqueles desgraçados desligando as máquinas para matá-lo, simplesmente não tinha coragem para isso.

Ignorando todas as regras e restrições do hospital eu deitei na cama, ao lado dele e o abraçei. Seria a última vez que eu faria isso então tinha que aproveitar.

Faltavam dez minutos para às quatro da tarde quando a equipe médica chegou. Claro que não podiam faltar heróis para me conter em caso de histeria, pois eles já esperavam uma reação violenta e não colaborativa da minha parte.

Winter (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora