4 - Caos ✅

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Oh senhor, tem sido bem difícil, sabe? Escrever algo assim é muito complexo! Jesus Christ! Save-me!Ambos possuem personalidades distintas, mas ao mesmo tempo preciso considerar o tempo em que viveram juntos e que influencia na personalidade, e cada um tem um capítulo! Oh, tem sido um senhor desafio, espero sobreviver a ele.

Acredito que ao chegar aqui vocês tenham percebido que eu desejo passar uma mensagem com a trama, certo? Pois então, veremos se eu consigo.

Acredito que ao chegar aqui vocês tenham percebido que eu desejo passar uma mensagem com a trama, certo? Pois então, veremos se eu consigo

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Confesso que essas semanas longe do Bakugou tem sido difíceis. Dormir sozinho sem tê-lo ao meu lado resmungando e ameaçando alguém no meio do sono enquanto distribui chutes, explosões ou me derruba da cama, é definitivamente estranho e solitário.

Imaginei que sem ele eu ia dormir bem, relaxado sem o risco de acordar com um hematoma ou osso fraturado por conta dos seus constantes ataques de sonambulismo. Só que tem acontecido justamente o contrário. Quase não durmo direito e, quando acordo, instintivamente procuro o meu loiro irritadiço, pronto para acalmá-lo e dizer que é um sonho enquanto ele resmunga no meu abraço. Quando não o encontro, simplesmente não consigo voltar a dormir. Me habituei com o calor e cheiro dele. A sensação incômoda de ter os braços vazios é perturbadora.

Ao mesmo tempo, sinto que estou mais confiante em mim mesmo. Também percebi que estava vivendo única e exclusivamente para outra pessoa, preocupando-me apenas com o bem estar e satisfação alheios, vivendo para proporcionar-lhe alegrias, sem me importar comigo.

Bakugou pode ser muito amoroso quando quer, do tipo que faz você se derreter todo, principalmente quando se sente a vontade para demonstrar seus sentimentos. No entanto, a maioria do tempo é pura irritação, barulho e gritaria. É tão raro vê-lo calmo, ainda que não seja impossível, que chega a ser estranho, porquê qualquer coisa o deixa furioso a ponto de explodir. Eu sempre estive a postos para lidar com a sua fúria, abraçando-o e o acalentando. E ele brigava, reclamava e tentava me afastar, pura dramatização para esconder o quão satisfeito ficava de estar entre meus braços sendo paparicado, ele sempre foi péssimo em lidar com os próprios sentimentos.

Katsuki adora ser o centro das atenções e eu sempre me dediquei a fazê-lo se sentir único, especial e amado, volvendo todos os holofotes possíveis para ele. Mesmo assim todo o meu esforço não foi suficiente e eu não consegui manter o meu relacionamento, tampouco o tornei duradouro como jurei em nossos votos de casamento.

Talvez a culpa aeja minha afinal. Eu o mimei e adulei demais, fiz com que se sentisse ainda mais especial e único do que nunca e agindo assim inflei o seu — já nada modesto — ego.

Ele por outro lado não era tão desenvolto e recíproco.

Enquanto eu vivia a celebrar o nosso amor, me declarando todo dia, com beijos e afagos, nunca recebi sequer um mísero "eu te amo" diretamente. Ele jamais se declarou ou disse que eu era especial, sempre arredio e possesso com tudo e todos, me tratando como se eu fosse um objeto que lhe pertencia. Admito que grande parte desse comportamento instável e dominador é culpa minha, por mais que tenha lutado contra essa possessividade exagerada.

Winter (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora