12 - Desavenças

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De volta para trazer um capítulo que me deu dor de cabeça para betar. Enfim, apreciem.

Abri os olhos de supetão, o coração acelerado ardendo em felicidade enquanto encarava a cama completamente abismado

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Abri os olhos de supetão, o coração acelerado ardendo em felicidade enquanto encarava a cama completamente abismado.

Lá estava ele ainda de bandagens, ostentando aquele sorriso enorme e idiota que eu tanto amo. Me olhava enternecido e eu comecei a chorar como uma criança, sem me importar com porra nenhuma.

Rapidamente saí do colo de minha mãe - que nos encarava com uma expressão realizada -, e me aproximei de Eijiro. Minhas pernas estavam tão trêmulas de emoção que eu sequer as sentia.

Não conseguia acreditar. Ele realmente estava ali, de olhos abertos, acordado. Eu esperei tanto por esse momento, implorei tanto para tê-lo de volta durante os três longos anos mais longos da minha vida que sequer conseguia acreditar.

Cauteloso, sentei-me na cama ao lado dele, extasiado pelo sorriso dele e o abracei, segurando-o com força em meus braços. As lágrimas desciam tão rápidas que logo o tecido da camisola hospitalar que cobria-lhe o ombro estava molhada.

Parecia tão surreal ele estar ali comigo novamente, simplesmente inacreditável. Logo meus soluços eram tão audíveis quanto o som intermitente das máquinas.

Meus dedos estavam agarrados à cada parte visível, eu não ia soltá-lo nunca mais.

- Eu te amo, te amo tanto. Senti tanta saudade meu amor, nunca mais vou deixar você sair da minha vida! - eu sorri entre as lágrimas, a voz falha, embargada de emoção. Me afastei me concentrando em beijar-lhe o rosto diversas vezes.

Sem dúvida eu parecia um idiota emocionado. Naquele momento, porém, eu estava pouco me fodendo com isso. Tudo o que importava era poder abraçá-lo, sentir que ele estava de volta à minha vida.

- Você disse que me ama! - Eijiro repetiu, o sorriso mais faceiro do mundo, fascinado- Katsuki, você disse mesmo!- anuí com a cabeça, concordando - Repete, por favor! Eu preciso ouvir de novo!

Um pedido tão simples. Eu nunca mais negaria tal alegria à ele.

- Quantas vezes quiser. - segurei suas mãos beijando-as e funguei, tentando me controlar para a voz não sair tão falhada - Eu te amo, te amo, te amo, te amo! Eijiro, eu te amo muito. Me desculpa por ser um bosta, um idiota. Juro que vou ser diferente de agora em diante, um homem melhor.

Os olhos dele marejaram e eu abaixei a cabeça, obediente, quando a mão dele se ergueu sobre a minha cabeça, os dedos passeando em um afago gentil entre os fios do meu cabelo.

-Eu sei amor, nunca esqueça que eu te amo, não importe a distância. - a voz dele era terna, mas havia um certo tom de despedida que me fez franzir a testa em dúvida.

- O que você está dizendo? - nossos olhos se encontraram e eu tentei captar qualquer resposta ali, algum indicador de que ele não estava falando sério - Eu estou aqui, você também, não vamos mais nos separar.

Winter (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora