Vagões de trem, ruas nuas
paixões metroviárias, amores de cabeceira
afetos que são restos de geladeira
restos de geladeira que são afetos...foi sorte a minha ainda não
ter escorregado n'um pranto.
Tu tu! Tu tu!
tu tu! tu tu!
é o som que o coração faze sempre que flerto com o espelho
vejo-te! na verdade, vejo os teus olhos
refletidos nos meus olhos verdes
e caio olhos adentro
pois teus olhos eram ravinas -- profundas ravinas,
quando tentei fechá-los
encontrei-me n'um trenzinho rumo
à cegueira!o coração grita, "tu tu!
tu tu!" e tu ouviu bem?
sim, os poemas já estão tomando rivotril
e estão orando para que eu não os conceda em mil estrofes
bem, e, infelizmente, este é o último
café que tomo contigo no pensamento
e, comigo, a música mais triste no iPod
(...)
-- bon voyage!
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