Chegando aos 18.

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Não, não te apavores! nascemos todos sozinhos
a não ser os que nascem gêmeos, trigêmeos
e os que nascem já com a poesia cravada no miocárdio, bem no meio
Temos nossos poemas favoritos, nossas canções memorizadas
assistimos aos filmes ruins e aos bons também, às vezes
temos nossas afeições, nossos livros
e temos motivos pelos quais esboçamos sorrisos;

nós nos apaixonamos e tem gente que não
bem como há outros que têm corações um tanto amargurados
como há também quem tenha o coração que existe
feito jardim, ora florido
ora seco
ora regado...

Então, não te atormentes! não te atormentes se o mundo for tão serelepe e pareça
algo como é, para mim, a tripofobia
ao me lembrar dos buracos do mundo
e das covas já cavadas no jardim;
não te atormentes se você se sentir tão sozinho, como eu
lembre-se: estrelas brilham e mesmo assim são sozinhas...

Lembre-se da solidão de todos os que já se atreveram a adentrar o mundo da poesia

e lembre-se de todos os amores ideais que você já nutriu e
fez questão de procurar nas pessoas
mas ninguém, de fato, vive para ser idealização a não ser
de si mesmo.

e quando todos os filmes, os bons e os ruins, acabarem
levante da cadeira mais sozinha da sala de estar
e comece a gravar os teus próprios filmes.

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