de vestes pretas, armado de um livro de bolso; algumas dúzias de poemas
um café ainda quente
e um fone de ouvidovou à guerra! vou à guerra! vou à guerra!
pois a mesma não veio até mimde vestes pretas, lágrimas secas pelo rosto
sorriso malicioso no rosto
algum verso na ponta da língua
um constante taquicardia que ensaia acontecer -- de novo!
um dilúvio
um rouco murmúriovocê sempre soube navegar no violento mar do meu inconsciente
sem sequer naufragar
sequer se afogara existência é fria e queima quem a tocar
vou à guerra! vou à cafeteria! vou à livraria!
vou à guerra! vou a você!
vou à guerravou a você
a solidão é imensa e engole quem a tocar
me jogo nos trilhos do metrô
quebro minha perna esquerda
te vejo na estação
e vou à guerra
pois você causava mais
caos ao meu coração que a própria guerrilhae há muito
feito de calmaria
eu era.