terapias

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Dayane point of view

Eu não sabia que horas ela havia acordado, mas com certeza ouviu o bastante. Eu queria gritar de frustração. Senti a garganta enroscar. Eu queria chorar.
Não de dor.
Mas de impotência.
Eu não conseguia levantar. E agora a expectativa de sarar era baixa. Para que me recuperar se eu não poderia sobrecarregar o corpo? Se eu não poderia exercer o que fui treinada a vida toda?
A emoção me impediu novamente de completar meu trabalho.
Eu hesitei pela Dani, mas ela não havia hesitado em me matar.
A raiva tomava conta de mim e eu comecei a sentir tontura. Quando percebi, alguém chamava meu nome.
Carol: - Day, você está me escutando?
Day: - me perdoe,Carol. Me perdoa te fazer passar por tudo isso...
Carol: - Dayane. Para. Se desculpando? Meudeus! - ela me encarou firme, e senti seu olhar me atravessar e atingir meu espírito. Aquietei. - Day. Isso não vai mudar nada. E chances? Quer dizer que pode existir uma saída. A gente vai encontrar. Eu não vou desistir de você. Eu gosto de você.
Day: - Carol esse é o fato. Eu também... eu -falta de ar - já não sei o que fazer. Eu não quero ficar longe sabendo que você corre risco em cada batalha.
Carol: - Dayane eu vou passar todo o tempo que eu puder com você, enquanto recupera e depois. Agora se concentra em sarar. Por mim? Por favor!
Eu queria muito chorar. Suspirei tentando respirar direito, e a puxei a um abraço -que doloroso mas confortável- que parou meu mundo por um instante. O cheiro de seu pescoço me envolveu em calma.
Nos soltamos devagarinho, e Joshua olhava preocupado.
Vitão: - Joshua. Ordem de transferência. Pra ontem.
Josh: - mas nós precisamos aferir se ela está em...
Vitão: - condições ou não, este lugar não é um hospital. Eu quero Dayane recuperando na melhor estrutura possível.
Ele virou para Carol e deu uma piscada.
Vitão: - e não importa se Dayane é um soldado. Ela quem foi a chave para vencermos a batalha. Eu a reconheço como heroína e assim será tratada.
Joshua baixou a cabeça, assentindo, e correu providenciar. Vitão me sorriu:
Vitão: - fica bem, Day. Eu preciso resolver algumas coisas. A equipe de segurança está la fora. Eles ficarão felizes em ver vocês.

***
Me transferiram a um quarto de hospital altamente tecnologico, e com alguns luxos. Era um quarto amplo e de cores claras, mas não branco. Possuía um espaço de visita, com uma cama, escrivaninha, e até uma mini cozinha.
Eu não vi as duas primeiras semanas passarem. Me mantinham sedada e diziam ser a fase mais crítica da recuperação, e o pouco que eu acordava conseguia ver Carol comigo, fazer alguma higiene e tomar um shake de gosto péssimo, que era a unica coisa que eu podia "comer" por hora. Eu me tranquilizava em ver Carol, mesmo que a gente mal conseguindo conversar e que era para me sedarem logo em seguida.
Carol: - Day?
Abri os olhos pesadamente. Eu sempre acordava dos sedativos com vontade de vomitar, mesmo sabendo estar de estomago vazio.
Day: - Carol? - olhei para o lado. Ela vestia um pijama camurça e tomava café, me olhando.
Carol: - como está se sentindo?
Day: - enjoada. Inútil. Mas você está aqui - estiquei a mão para ela, que correspondeu me dando a mão.
Carol: - seus pulmões e diafragma já estão neoformados.
A olhei confusa.
Carol: - significa que eles vão arriscar iniciar a maturação dos pulmões. Você pode ficar mais horas acordada. E que... os médicos estão positivos.
Day: - positivos?
Carol: - você recuperou em duas semanas o que se recupera em média 25 dias. - ela me sorriu. Aquele sorriso mexia comigo de uma forma que eu não sei nem descrever.
Parei um momento, e acabei por mudar de assunto.
Day: - Carol.
Carol: - hm?
Day: - aquele dia. Você... me beijou. -a fitei - e depois a gente... nem pode falar sobre isso. E eu acho que... precisamos conversar.

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Inhae galeraa

Cap confusinho só pra embananar a cabeça de vocês.
Quais suas expectativas? Contem pra mim!

Beijos e até o proximo cap!

império 21Where stories live. Discover now