Criatura Inocente

14: lembranças - parte 1

(N/a: Pois é, eu ainda não morri kkkk. Eu tava postando esses dias por causa do feriado, agora que as aulas voltaram os trabalhos também voltaram, aí eu deixei de postar...

Ps: Só eu achei essa foto fofinha?)

POV Bill Cipher

B -- Desde que éramos crianças, Will era diferente. As crianças demoníacas são muito agitadas, adoram brigar, fazer confusão... É essa a infância resumida de qualquer criança demoníaca... A minha e a de Kill... Mas Will não era assim. Ele era calmo. Gostava de brincar, desde que não fizesse mal a ninguém. Evitava brigas ao máximo, preferindo apanhar a machucar alguém, até porque ele era um Cipher.

A saudade já havia virado um buraco no meu peito causado pela dor de não ter mais ele ao nosso lado.

Kill se remexeu ao meu lado.

K -- Ele é um Cipher. Não diga nesse tom, assim parece que você desistiu dele.

Arregalei os olhos e o encarei, surpreso.

B -- Não! Eu nunca desistiria dele! Me desculpe, Kill...

K -- Ok, continue...

B -- Certo.

Virei-me para os Pines.

B -- Ele gostava de apreciar as coisas, sabe? Ele era a favor da paz. Nosso pai, Axolotl, não gostava disso...

K -- Will sempre foi muito sensível. Os outros demônios consideravam isso uma fraqueza, inclusive o nosso pai. Eles sempre ridicularizavam Will... E ele sempre sofria com isso...

(N/a: aviso - não estranhem o nível da minha estranheza pessoal ao escrever kkkk...)

Flashback on:

Eu e Kill estávamos planejando causar o caos na cozinha.

Acreditem: aquilo era normal no submundo.

Para vocês terem uma ideia, se nós fôssemos humanos, teríamos dez anos.

K -- Eu vou pegar as coisas. Você pode ir indo para lá.

Fui levitando, me esgueirando para não ser visto até a cozinha.

De repente, ouvi um soluço de tristeza e soube instantâneamente o que era.

Segui o soluço até ver Will encolhido debaixo de uma das escadas, usadas para os empregados da mansão que não levitavam, ou seja não eram demônios.

Ele chorava muito.

B -- Will?

Abracei ele e ele me agarrou num abraço forte.

W -- Bill...

B -- Calma, maninho. O que foi?

W -- Todos acham que eu sou um fracote...

B -- O que? Quem disse isso?

W -- Todo mundo! Os empregados... Os outros demônios... Papai...

O olho dele se encheu de lágrimas.

A raiva me queimava por dentro.

Crianças demoníacas dificilmente tem pessoas que se afeiçoam a elas. Nem mesmo nosso pai tinha um afeto por nós, então nós nos apoiávamos. Nós só tínhamos uns aos outros quando precisávamos.

Will constantemente precisava de proteção e apoio, mas quando nos metíamos em uma confusão daquelas, ele sempre dava um jeito. Ele sempre ajudava a gente, conversava com a gente, nos aconselhava. Sempre sabia o que fazer para nos fazer felizes quando precisávamos dele.