Capítulo 37 - Niels e Rurik [Especial]

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Mais de dois meses se passaram e Niels não podia desgrudar de Rurik.

Até cerca de um ano, talvez menos, nunca acreditaria que o teria em seus braços. Que após uma noite quente e suada onde fizeram amor mais de uma vez, poderia, na alvorada, deslumbrar-se com a aparência jovem do humano. Seus cabelos ruivos e encaracolados, tão selvagens que faziam um enorme contraste contra os travesseiros brancos. Seus cílios, da mesma coloração dos cabelos, eram longos e espessos contra suas bochechas cheias de sardas. As pintinhas marrons eram um charme que Niels nunca ia superar.

Rurik estava dormindo profundamente e parecia ter um sonho tranquilo. Niels não queria acordá-lo. Como normalmente levantava mais cedo do que ele para ir trabalhar, sempre tinha um momento para observá-lo assim. Era seu pequeno segredo. Seu coração sempre se derretia por Rurik, e com o passar do tempo, essa sensação de querer pertencê-lo e vice-e-versa apenas foi crescendo. Chegou a um ponto de que estava realmente considerando pedi-lo em casamento.

Nunca foi uma obrigação para os Berserkers se casar. Isso normalmente acontecia quando o casal era constituído de um homem e uma mulher. Mas, em sua cultura, não era uma exigência. Havia casais que nunca se casaram e estavam juntos há décadas, formaram suas famílias e até já tinham netos.

Mas Niels pensava que era romântico. Ouviu de Skoll os detalhes de como seu casamento com Aricin tinha sido. Toda a preparação, o nervosismo, o alívio de quando a união ocorreu, a noite de núpcias... a lua de mel...

Queria tudo isso e muito mais com Rurik. E agora que tinham Ronnie, porque Rurik havia dito que queria cuidar da criança com ele, queria formalizar a união perante todo o vilarejo. Convidar todos que fossem importantes, fazer uma festa grandiosa, agradecer os deuses por não desistirem dele quando foi um tolo ignorante, por transformar seu coração... por trazer Rurik para sua vida novamente.

Tocou de forma suave sua mandíbula, sentindo apenas um pouco áspero a pele onde a barba estava começando a surgir. Niels gostava, mas nunca comentou, pois Rurik sempre preferia se barbear, pois de acordo com ele, sua barba era estranha e falha em alguns lugares. Em contrapartida, Niels estava deixando sua própria barba crescer. Não estava tão grande como a de seu irmão, que era até um pouco exagerada, mas reparou que Rurik sempre parecia querer tocá-la.

Olhou para a janela. O dia estava começando a clarear e os primeiros raios solares tocavam a arca de madeira. Resolveu que não faria mal tirar alguns minutos para um pequeno deleite.

Arrastou-se para debaixo dos cobertores, deixando uma pequena fresta para entrar luz. Rurik estava nu, sua ereção matinal era adorável envolvida nos poucos pelos ruivos. Niels levou a cabeça a boca, lambendo a fenda. Sentiu o membro tremer e endurecer mais contra seus lábios e dedos. Os músculos debaixo dele ficaram rígidos, anunciando que Rurik tinha acordado.

O ruivo abaixou as cobertas para olhar com surpresa para Niels, que estava com seu membro profundamente em sua boca. A expressão de Rurik era impagável. Ele jogou a cabeça para trás, gemendo através dos dentes, murmurando o nome de Niels, pedindo para que não parasse, pois estava muito gostoso.

Niels parou, pois de repente quis mais do que apenas um deleite. Rurik estava bem acordado agora, com seu pau tão duro e gotejando, praticamente implorando por ele.

Foram incontáveis as vezes em que transaram nos últimos meses e Niels tinha certeza absoluta de que nunca poderia enjoar do corpo de seu amante. A forma como ele reagia ao seu toque, estremecendo e gemendo nos pontos certos, fazia o coração de Niels se dissolver em gosma. Queria possuí-lo tanto que às vezes chegava a doer. Queria Rurik tão mal que seu corpo implorava por isso.

Phaeleh II (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora