Conhecendo o grupo...

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...

Ser pego de surpresa deixa a pessoa meio sem opções, mas não a mim, desviei o rosto no ultimo momento e ela se afastou assustada;

-quem é você?

-essa era uma pergunta que você devia ter feito antes de tentar me beijar.

Respondi;

-não esperava encontrar outra pessoa na casa do meu namorado, por isso tentei beijá-lo.

Ela falou a palavra ''meu'' com uma propriedade tão grande que quase acreditei que ele era mesmo dela, eu sabia o quanto estava enganada, porem não iria alertá-la;

-certo, agora já sabe que mais uma pessoa mora aqui, então tome mais cuidado com essas surpresas.

Ela não disse nada e começou a ficar estranho, eu parado com ela a minha frente e por isso sugeri;

-vai entrar pra esperá-lo ou vai atrás dele?

-vou esperar por ele.

Ela respondeu e saí da frente e avisei logo;

-o quarto dele acho que já sabe onde fica, pode esperar por ele lá dentro? Eu odiaria se acontecesse um acidente com você devido ao piso escorregadio.

Tradução: fica no quarto, se me atrapalhar eu mesmo passo o rodo na suas pernas. Odeio estar limpando alguma coisa e uma pessoa ficar circulando antes de eu terminar a limpeza, ela limitou-se a ir diretamente para o quarto e eu me certifiquei de terminar a limpeza.

Ele chegou depois de meia hora, me lançou um olhar estranho e foi para o quarto, como eu estava na sala ouvi um burburinho e logo depois ele saiu com ela, eu aproveitei pra fazer um almoço individual, ligar para meus pais e irmãos. Ele chegou depois do almoço enquanto eu estava olhando meu ''zap'', e como me encarou eu o encarei de volta já perguntando com ironia;

-algum problema, senhor?

-achei que não ia arrumar a bagunça

Ele respondeu e eu rebati;

-diferente de você, eu jamais deixaria o lugar que vivo se tornar um lixo.

Após isso ele se sentou no sofá e perguntou ou tentou, mas mudando de assunto;

-porque não contou pra minha...

-porque não tenho nada a ver com sua vida, agora se me der licença tenho mais o que fazer.

O cortei e levantei, mas antes de sair dei um ultimo aviso;

-só uma coisa e espero que ouça, não se acomode nessa ideia de bancar o idiota comigo, eu não irei admitir e como já te falei, não vai gostar de saber o que posso fazer.

Ele se levantou já perguntou com um sorriso debochado;

-acha que tenho medo de você?

-não, e é melhor que não tenha mesmo, vai te fazer ser um desafio a altura.

Falei devolvendo o sorriso e saí da sala. As horas se passaram e eu me arrumei pra facul, ouvi algumas vozes e quando saí, Ricardo estava lá;

-e aí cara?

Foi o que ele disse se levantando pra apertar minha mão;

-e aí?

Respondi enquanto apertava a mão dele, ele me analisou e perguntou soltando minha mão;

-essa arrumação toda é pra ir na facul?

-não é esse exagero que você diz, mas sim.

Respondi, ele me analisou de novo e olhou no relógio;

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