Convite...

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...eu nos impedi, estávamos passando dos limites na sala do apartamento e eu não queria muito parar aquilo, mas também não tava afim de ser pego pelo Eduardo fazendo qualquer coisa sexual dentro daquele apartamento, ele (Eduardo) podia ser exibicionista a ponto de mostrar o que quer que fosse pra outros ouvirem, eu não. Segurei os braços do ferrugem e após parar o beijo, sussurrei no seu ouvido;

-calma.

Ele mordeu a ponta da minha orelha e eu arrepiei até o ultimo fio de cabelo;

-estou calmo.

Ele disse e beijou meu pescoço, aquilo estava me consumindo;

-para, por favor. Eu não quero fazer qualquer coisa aqui.

Falei e ele se afastou um pouco e escorou no sofá, a calça dele estava evidente e ele não parecia se importar ou estava ocupado demais olhando meu volume que estava uma verdadeira barraca no meu short de tecido fino, ele mordeu o lábio inferior e perguntou;

-porque você não quer fazer nada aqui?

Apesar de parecer só uma pergunta de curiosidade, não era, sentia que não era e eu não pisaria na bola com ele;

-porque aqui não é especial nem pra mim e nem pra você.

Ele fez um meio sorriso com o que eu falei e disse;

-não sabia que era romântico.

-eu não sou, não espere flores e decorações em um quarto branco, mas só que eu queria que fosse em um lugar diferente e mais comum pra mim ou pra você.

Ele voltou até mim, e me deu abraço;

-ok, eu não tenho um lugar assim, todos os lugares que eu tenho são em publico, então pode escolher nosso lugar, quando e onde você quiser, vou me controlar até lá.

Eu pensei um pouco enquanto curtia o abraço dele e o volume dele que não era nada pequeno se esfregando em mim, e então me decidi;

-vamos pra fazenda?

Ele se afastou um pouco e me encarou, depois perguntou meio envergonhado;

-ir pra fazenda? A que você morava?

-exato.

Respondi e ele empalideceu, ficou mais branco do que já era;

-isso significa que vou conhecer sua família?

Respondi brincando;

-exato, é uma tradição antiga na família, todos os homens perderam suas virgindades na casa que foram criados.

Ele não riu, acho que tinha acreditado no que eu tinha dito e eu esclareci;

-brincadeira vermelho, mas é serio sobre ir para a fazenda.

-se...seus pais, e se eles...

O interrompi contendo o riso;

-eles vão gostar de você, só precisa trabalhar, ser macho e fazer o filho deles sorrir.

Terminei de falar e ele ficou ainda mais branco se é que era possivel;

-eu não trabalho ainda...

Tive que interromper de novo;

-olha, não sei pra que esse nervosismo, se não quiser é só dizer que...

-não, eu quero ir, mas é que sua família inteira mora lá e eu não conheço ninguém.

Assim que ele terminou de falar, olhei bem serio e falei;

-engraçado que na hora que contou para seu pai, eu estava sozinho lá.

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