Capítulo 1 sem título

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  Autobiografia, possivelmente a mais chata que alguém vai ler...

 Não era exatamente uma ideia escrever, mas como estou no momento férias sem muita coisa pra fazer decidi que escreveria um pouco do que eu estou vivendo, devo avisar que vão encontrar coisas que são praticamente inacreditáveis, mas de repente sua vida é tão tediosa quanto a minha e por isso você nem ache tão anormal assim, enfim paremos de enrolação e comecemos logo...

***Cidade***

 Vou iniciar falando sobre o lugar de onde vim (quer dizer, em parte), Cachoeira, uma pequena cidade do interior de minas gerais cercada por grandes pedras, não sei em que a pessoa que nomeou estava pensando, mas eu acho que foi no visual das pedras quando chove (pelo menos uma vez por mês) por aqui, a maioria delas tem um formato que quando a água corre sobre a superfície se transforma em belíssimas cachoeiras momentâneas. Continuando, a cidade meio que parece perdida no tempo, sua arquitetura parece do século passado, mas seus casarões foram cercados por uma construção mais moderna e pra completar o visual igrejas, duas, uma é mais antiga construída exatamente onde era o centro da cidade, mas como ela cresceu mais para um lado outra igreja foi construída no que seria o centro desse lado. O pouco que tenho a dizer sobre essa cidade é que ela é sossegada e muito religiosa é o que mais conheço, a característica do povo, falar mais da estrutura dela quando não sei muito é desperdício de beleza, só sei disso pois frequentei as escolas, as igrejas(por um período de tempo)e fui á muitas festas realizadas nela. Minha verdadeira casa não é na cidade é numa fazenda, não pertence a minha família, mas meu pai trabalha a tanto tempo nela que o dono lhe deu um sitio nos arredores da mesma.

***Lar e Família***

 O sitio e a fazenda, meu lar, os dois juntos. Foi neles que passei quase dezenove anos da minha vida, morava no sitio com meus pais e meus irmãos e trabalhava na fazenda ajudando meu pai ou fazendo algum serviço disponível. Por boa parte de minha vida eu pensava que jamais sairia daquele lugar, mas as pessoas mudam com o tempo e aconteceu isso comigo, em parte por influencia.

 Sou o mais novo de quatro irmãos, todos homens, morávamos todos juntos, mas os mais velhos foram se casando e indo constituir família fora de casa a contra gosto dos nossos pais, já que por eles poderíamos nos casar e ainda morar todos juntos, mas enfim, só ficou eu e mais um que ainda não tinha saído. Desses quatro irmãos sou o único que tem vontade e gosta de estudar, os outros acham que é perda de tempo e experiência de trabalho só estudaram o suficiente pra ler escrever e entender os números e as operações, logo os meus pais depositaram o sonho de formatura sobre mim, e eu me comprometi com eles, daí o objetivo de ir pra outra cidade, uma vez que na minha não tem como eu conseguir realizar o comprometimento com meus pais, mas falemos disso depois.

 Nós, os quatro irmãos, todos herdamos as características do nosso pai, morenos, altos e cheios de músculos, típicos de quem trabalha em fazenda carrega peso todo santo dia e corre muito a fim de conseguir trazer os cavalos ao curral. Eu tenho um tom mais claro de moreno, pois não trabalhava como os meus irmãos, meu período era meio dia, ou as vezes eu nem trabalhava, por causa de algum assunto escolar.

 Entre nós o único gay sou eu e quando descobri isso não hesitei em abrir pra minha família, claro que tive medo devido a alta religiosidade que paira em casa, mas correu tão normal que fiquei meio atordoado. Foi num almoço de domingo, na época eu tinha dezesseis anos, estávamos todos reunidos, dois irmãos maiores com suas esposas, meu outro irmão mais velho solteiro falando alguma bobagem, meus dois pais rindo disso e os meus dois sobrinhos brincando em outra sala, até que;

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