Acontecimentos 2...

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Fomos pra cozinha como ele instruiu, e lá enquanto procurava por algumas coisas na geladeira, ele começou;

-você deve ter percebido que não tenho excesso de ciúme, né?

-sim, aliás, eu também não.

Respondi e ele continuou com meio sorriso;

-percebi.- ficou serio logo depois e continuou- mas enfim, andei observando o Edu e não gosto da forma que ele olha pra você.

-eu não dou a mínima pra forma que ele olha, ele não pode é tentar algo, ou quebro a cara dele.

Falei enquanto colocava água numa bacia a qual ele também instruía através de gestos;

-eu não posso concordar com essa violência toda, mas sei lá...

Eu o interrompi com um selinho roubado;

-ele não tem efeito nenhum sobre mim vermelho, depois que você apareceu, todo o meu foco de atenção, meus pensamentos, minha vontade de querer ver e tocar foram pra atraídas pra você.

Acho que aquela era a primeira vez que eu o via sem graça;

-esta me deixando sem graça.

Eu ri com aquilo e rebati;

-estou sendo sincero, como eu disse que seria quando você me pediu em namoro.

Ele sorriu, tinha os olhos brilhando e aquilo me enchia de felicidade, eu gostava de o ver daquele jeito;

-droga, agora estou sem ter o que falar.

Ele disse e eu falei;

-não precisa falar, só saiba que Eduardo não tem mais nenhum significado, se ele quiser ser meu amigo, o que eu duvido muito, talvez façamos alguma amizade, mas nada alem.

-esta certo então, depois vamos conversar mais sobre isso. Mas agora vou precisar de sua ajuda, são três horas e meia da tarde e vai demorar muito se eu fizer tudo sozinho, não to muito afim de ficar com fome por mais tempo.

Ele disse rindo e eu acabei rindo também;

-ok chef, o que quer que eu faça?

Falei em meio aos risos e ele entrou na brincadeira;

-gostei do chef, me deu ate umas idéias, mas agora vamos pela comida.

Ele começou a falar o que queria que eu fizesse e eu fiz, e teria sido mais rápido se ele não tivesse brincando o tempo todo, por exemplo, estava concentrado cortando cebolas, quando ele começou a passar um cubo de gelo nas minhas costas, geralmente eu encararia como zueira devido as risadas dele, no entanto, aquilo estava me excitando;

-para vermelho.

Pedi, mas ele não parou, então pedi de novo;

-é serio, para, estou ficando de pau duro com essa zueira sua.

-interessante, mas vou parar, se você me disser em qual academia você vai?

Eu ri daquilo, mas respondi;

-não vou a nenhuma academia.

-não vai?

Mesmo tom de surpresa que o Rick usou quando ouviu a mesma coisa e eu esclareci;

-não, isso que você vê é trabalho na fazenda, genética e nossas peladas.

-sua família acabou de ganhar a minha curiosidade, eu vou a academia dia após dia pra manter meu corpo desse jeito e você tem um corpo igual ao meu sem ir nela.

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