ONE SHOTS BOOK - FOOTBALL

DIOGO LEITE

Capítulo dedicado a sofiaabreu1904 !!

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Jantares de amigos são das melhores coisas que podem ocupar a nossa noite.
Toda a gente sabe isso. Então, alguns amigos meus decidiram organizar um desses jantares esta noite, mas não é uma jantarada com 20 pessoas. Sou eu, o Filipe, a Andreia (namorada do Filipe, o Diogo Leite (sim, o do Porto e eu ainda não o conheço pessoalmente) e uma amiga do Diogo.
Vamos jantar na casa do Filipe e da Andreia. Eles são perfeitos um para o outro. Estão juntos à 5 anos e têm 20 anos. Já eu tenho 19.
Conheci o Filipe na escola, eu tinha 13 e ele 14. Tornámo-nos grandes amigos e quando a Andreia apareceu na vida dele também se tornou uma grande amiga minha. Sei que posso contar com eles para tudo. São como irmãos para mim.
Estou muito agradecida por tê-los na minha vida.
Acabo de me vestir, perfumo-me, penteio-me e estou pronta.
Pego na minha mala e nas chaves do carro. Entro no automóvel e dirijo até à casa já conhecida por mim.
A viagem leva uns 15 minutos e, felizmente, consigo encontrar um lugar perto da porta da habitação.
Toco à campainha e sou recebida pela rapariga que roubou o coração ao Filipe.

- Que saudades... - a Andreia diz assim que me vê.
- Estivemos juntos na semana passada. Que exagerada. - a rapariga solta uma gargalhada e abraça-me. Retribuo.

Entramos na sala e vejo o Filipe acompanhado pelo jogador do Porto e a sua amiga.

- Sofiazinha!! - o Filipe levanta-se e abraça-me. Volto a retribuir o abraço.
- Olha, aquela é a Catarina. - a rapariga mostra um sorriso um tanto falso. Ai... Porque é que eu já não estou a gostar dela?
- Olá. - cumprimento-a e sorri sendo o mais sincera possível. Ela apenas acena.
- E aquele é o Diogo Leite, mas já deves saber. - o meu olhar cai agora sobre o jogador que me mostra o seu sorriso. E que lindo é... ele e o sorriso.
- Olá. - digo depois de sair dos meus pensamentos e tentando não pensar no quanto olhávamos fixamente um para o outro.
- Olá. - sorri-lhe.
- Vamos para a mesa. - o Filipe aproxima-se da mesa já posta.
- Tu és a tal dele. - a Andreia sussurra ao meu ouvido quando passa por mim para ir buscar o jantar. Fico confusa.

Olho para o jovem jogador, ele já me olhava. Ouço a amiga dele bufar.
Sento-me mesmo à frente do Diogo, mas não o fiz propositadamente.
A Andreia trás a comida e rapidamente começamos a nossa refeição.
Os rapazes conversam sobre o treinos do portista e sobre futebol em geral.
Dou por mim a observar o jogador à minha frente. Reparo que pelo canto do olho me olha enquanto conversa com o Filipe.
Quando terminamos levantamos a mesa e, enquanto eles se sentaram na sala, eu preferi ir um pouco até ao jardim.
Encontro o pequeno Pug do casal que se chama Kiko. O animal vem até mim para lhe fazer festinhas e é o que faço.

- Será possível? - refiro-me a sentir este turbilhão de sentimentos em relação ao Diogo que acabei de conhecer. Será possível estar a apaixonar-me assim?
- Tudo é possível. - é o Diogo que aparece ao pé de mim.
- Não devias estar com a tua amiga? - a pergunta escapa-se.
- Ela foi-se embora. - olho-o com as sobrancelhas franzidas.
- Porquê? - pergunto.
- Até ela percebeu que o meu lugar é ao teu lado. - eu não estou a ouvir bem, estou?
- Han? O quê, Diogo? - arregalo os olhos.
- Ela percebeu que não me fazia sentir nem metade daquilo que tu fizeste só neste jantar. - fico parada a olhar para ele. Sem saber o que fazer.

Vejo-o baixar-se para ficar ao meu nível já que estava a acariciar o pequeno cão.
Com as respirações irregulares e os olhares fixos a proximidade é cada vez maior. De um momento para o outro deixa de existir qualquer espaço entre nós. Nesse momento percebi que tinha encontrado o que nem sabia estar a procurar, quando os lábios dele tocaram nos meus.

- O meu lugar é ao teu lado. - digo quando nos afastamos. O Diogo sorri levando-me a fazer o mesmo.

E, então, ali o Kiko, o céu estrelado e a Lua foram testemunhas do início de um amor para a vida toda.
A nossa busca tinha chegado ao fim. Tínhamos a nossa cara-metade, a nossa alma gémea mesmo à nossa frente. Tinhamo-nos um ao outro e temos. Para o resto da vida.