XXII

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Acordei com o meu corpo entrelançado ao de Emir, e gente aquilo era o paraíso, a minha cabeça estava sobre o peito dele que subia e descia sossegadamente, os meus pés cruzados com os seus, apenas o meu quadril era coberto pelo lençol branco de seda

Deus eu precisava sair daquele lugar, Emir cheirava a encrenca e eu estava fugindo dela, gente se pelo menos ele tivesse pau pequeno e fosse mau na cama seria muito mais fácil fugir dele, mas não, o sujeito tinha de ser perfeito em todos os quisitos da palavra perfeição.

Me transformei em um ninja para me desvencilhar dele sem que ele acordasse e felizmente consegui, o cubri melhor para que ainda sentisse algum calor e sobre a ponta dos pés comecei a procurar as minhas coisas no quarto sem tempo para reparar muito bem nele

Achei a minha saia toda imarrotada perto da porta, peguei nela e a vesti quase chorando com a ardência entre as minhas pernas, se só de andar já doía imagina quando eu sentasse? E logo hoje que tinha uma reunião do conselho, eu estava fundida, correção eu fui fodida e muito bem fodida pela perfeição andante que estava deitada naquela cama esbanjando a sua beleza.

Terminei de vestir a saia e fui até minha blusa me deparando com um farrapo, E agora, o ogro aqui não sabe como tirar uma blusa e eu vou ter de andar nua? Era só o que me faltava, percorri os meus olhos pelo quarto a procura de uma solução achando duas portas, uma delas deve ser o closet abri a primeiro e era um lindo banheiro, por falar em banheiro eu preciso de um banho urgente mas não aqui claro, abri a outra porta e lá estava o closete, estava tudo organizado, ternos de um lado camisas de outro cintos em um só lugar, sapatos na parte de baixo e algumas gavetas, Tanta roupa e ele nem mora aqui, tinha até turbantes ou seja lá como se chamam aquelas brincadeiras que eles usavam na cabeça abri a primeira gaveta e achei boxers apenas três cores, pretas brancas e cinzenta, peguei uma branca de algodão e meti já que a minha calcinha estava rasgada, fui até as suas blusas e tirei uma camisa de listra azul que por acaso ficava gigante em mim, dobrei os braços e amarrei na cintura fazendo um laço na barriga, me olhei no espelho e não estava assim tão mal, estava sim o meu cabelo parecia um ninho
_ Prontos vai ter que ficar assim, falei para mim mesma depois de fazer uma trança feia nele. Saí do closet e depois do quarto deixando a porta aberta

E agora mais um problema onde raios é a saída dessa coisa, esquerda direita, esquerda direita prontos vou para a esquerda, andei pelo corredor me deparando com algumas portas, de que tamanho um quarto de hotel pode ser porra?

Finalmente cheguei na sala, procurei pelos meus sapatos e achei eles um por cima do cadeirão perto da minha pasta como? E eu lá é qu vou saber? O outro estava perto da mesa, fui até lá e antes mesmo de pegar o sapato comecei a desarrumar a louça da mesa, só pelo simples gostinho de chatear-lo.

Quando saí do hotel já era de madrugada, lá fora embora esteja mais calmo ainda estavam algumas adolescentes idiotas ao ponto de abandonar uma cama fofinha e quente para vir aqui só para ver um ser humano.

Os paparazzis também estava lá mas eu não me preocupava, eu aqui sozinha era apenas uma mulher com uma aparência horrível, para a minha sorte não demorei quase nada para achar um táxi.

A parte torturosa foi sentar no banco do táxi eu quase chorei com àquela dor infernal.

Já em casa a primeira coisa que fiz foi tirar a minha roupa e tomar um banho, sendo torturada pela imagens de Emir me tocando beijando e acariciando, e o pior de tudo eu estava ficando excitada só de pensar.

Saí do banho com o roupão e uma toalha deitei na cama e dormi assim mesmo.

Acordei com o som do despertado, eu estava muito cansada quase chorei, mas eu não podia faltar, não hoje, tinha aquela reunião do conselho e eu precisava comparecer.

Saltei da cama e tomei mas um banho rápido cuidei da minha higiene e optei por não usar roupa interior pois a minha intimidade ainda doía e estava irritada coloquei uma blusa branca de estilo cigana saia lápis até depois do joelho preta um par de saltos não muito altos de cor preta, no meu cabelos primeiro passei com secador e escova para ficar um pouquinho menos cacheado e fiz um coque alto.

Fui até a cozinha, onde preparei um sanduíche para o meu pequeno almoço e preparei uma caneca termica com chá de frutos vermelho, sai do apartamento e Bart me levou ate a empresa sobre o som de um música brega e quanto mais nos aproximavamos mais o meu coração se acelerava, como ia ser quando eu o visse hoje? Ontem antes de aceitar sair com ele eu prometi para mim mesma que seria apenas uma noite, eu ia ficar com ele ele comigo e finalmente iríamos sacear o desejo que temos um pelo outro, mas não, eu estava enganada depois daquela noite o meu desejo só aumentou, mas me entregar a ele mais uma vez séria como se eu estivesse me tornado oficialmente a sua amante e eu não queria isso para mim, eu não queria isso para mim.

O carro finalmente parou em frente a empresa, fiz uma careta pela dor que senti ao me levantar com brusquidão, mas me controlei para não chamar a atenção, entrei na empresa comprimentando a todos,

Alinne já estava na sua mesa e eu podia dizer que os seus olhos brilharam ao me ver.

_ Bom dia Alinne, falei assim que cheguei perto dela, não esperei ela me responder e entrei na minha sala.
Joguei a minha mala no cadeirão e fui até ao armário procurar as planilhas das últimas atividades das filias da empresa, eram um total de 34 empresas espalhadas pelo mundo a reunião era as 14 e eu precisava revisar as 12 que faltavam.

Alinne bateu levemente a porta e entrou na minha sala com o tablet na mão, mas eu sabia que o que ela queria era tudo menos me por a par das minhas tarefas diárias.

_ Alinne eu já decorei a minha agenda para hoje, o que eu preciso mesmo que você faça agora é chamar o representante da área de aprovisionamento, eu estava com um humor de cão hoje.

_A senhora não vai mesmo me falar?

_Falar o quê Alinne, perguntei enquanto tirava a pilha de papéis e levava até a minha mesa.

_ Como foi que o sexo foi bom eu já vi a senhora mal consegue andar, Alinne tentava inutilmente não rir mas a sua expressão não disfarçava,_ com todo o respeito claro, mas o que eu não entendo é como uma mulher que foi bem comida consegue ficar de mau humor.

Suspirei alto _ A mulher que foi bem comida de mais, quer repetir mas não pode, fui buscar outro conjunto de papéis e também coloquei na mesa

_Como assim? Ele te dispensou àquele cretino...

_não propriamente eu saí no meio da madrugada, eu tinha decidido que seria apenas uma noite e tem de ser assim eu não posso continuar me envolvendo com um homem casado isso é errado.

_ Mas dona Kayhana ele...

_ Não tem mais e nem meio mas, nós viemos trabalhar não falar de macho então vá chamar o Cláudio por favor.

Alinne saiu da minha sala e eu fui me sentar de um maneira ridícula na cadeira, Deus aquele homem acabou comigo.

_entre, gritei após ouvir a porta ser batida.

_Bom dia dona Kayhana.

_ Bom dia Cláudio, pode sentar, respondi sem olhar para ele ainda, terminei de ler a página que estava lendo e finalmente olhei para ele, Cláudio era lindo tinha cabelos loiros e lisos penteados para um lado e cortado nas laterais, seus lábios cor de rosa eram finos e bem desenhados se não fosse gay pegava.

_ Então Cláudio eu preciso que tu faças uma avaliação dos gastos de transporte dessas empresas aqui, é que eu estava analisando e algo aqui não está batendo certo, presta atenção Cláudio, você não vai dizer isso a ninguém eu preciso que essa avaliação seja sigilosa e o mais importante eu quero ela pronta hoje antes do horário de almoço, os olhos de Cláudio se abriram ainda mais numa expressão de choque, é eu sabia que era difícil mas não impossível, dei os papéis para ele e esse recebeu sem reclamar.

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