LII

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_SEU DESGRAÇADO EU SEI QUE FOI VOCÊ QUEM MATOU O MEU PAI, E  Você VAI PAGAR EU JURO QUE VAI FILHO DA PUTA_ gritava Serguei enquanto era arrastado pelos homens.

Dimitri controlou-se imenso para não contar a verdade, sabia que tal verdade significaria o fim para ele, uma confissão por mais que seja na frente de meros soldados seria o suficiente para ser tatuado com a baleia, morto e ainda permitir que o seu primo volte a se tornar no pakhan.

_Andras matou o teu pai, ele descobriu que o teu pai matou a irmã dele e o matou, e eu? Eu vou matar você, Dimitri já andava em direção a Serguei quando foi travado por uma voz femininos.

_foi você_ falou em um tom fraco mas cheio de ódio, depois de tudo o que passou ouvir Dimitri falar dela era demais, era a famosa ponta do ICEBERG, e pela segunda vez na vida e em menos de dois anos ela surto _eu vi você, vocÊ atirou em Konstantine pelas costas_ gritava a mulher tentando ir até Dimitri mas sendo contida no lugar pelas mãos de um homem, pobre homem Giulia virou-se para ele e arranhou a sua cara deixando a marca das suas unhas bem compridas no rosto do rapaz, o rapaz não se deixou vencer e a agarrou de novo, está o mordeu com uma intensidade que para além do sangue que já tirou arrancaria um pedaço de carne se não fossem os homens que vieram para ajudar _eu vi você, você é um covarde que foi capaz de matar o próprio tio pelas costas na própria casa, eu vi Andras não sabe, ele não sabe que Konstantine matou Andreia_ agora ela chorava ainda aos berros e tentando se liberta dos homens que eram chutados mordidos e arranhados, Giulia não parecia ela mesma parecia que a sua sanidade tinha se esvaido, a imagem dela com gotas de sangue do homem nos seus lábios  era terrível e assustadora, _A Andreia vocês a gravaram, vocês gravaram a morte dela vocês são uns monstros, sádicos, sádicos você a est...com apenas um tapa Giulia se calou, o tapa de Dimitri foi tão forte que a deixou inconsciente ou talvez não, talvez o corpo dela só estivesse esperando por uma desculpa para finalmente descansar, afinal o quanto ela tinha suportado até aí?
Chega um momento em que o corpo deixa de suportar em que a quantidade de elementos depositados nele é tanta mas tanta que que ele explode liberando tudo aquilo em pequenas partículas que embora não sejam todas vistas existem e então algures pela zona atingida pela explosão ou quem sabe transportada pelas linhas de transporte continua do vento, e depois essa explosão e distribuição chega a calmaria mas esta chega junto da destruição do corpo, e só resta esperar que esse corpo seja forte o suficiente para se reestabelecer ou que alguém ou algo o ajude a fazer isso, era nesse ponto que Giulia estava antes até ser reconstruída mas todos sabem que coisas reconstruídas geralmente são refeitas com falhas que os tornam menos resistentes e mais suscito a novas destruições tal como aconteceu agora.
_ vadia maluca_ murmurou Dimitri depois de a ver inconsciente_ Levem-na daqui_ Ordenou para os seus homens que logo seguiram a sua ordem.

_Para onde é que vocês a estão levando_ gritou Kayhana preocupada mas ainda em choque por ter visto Giulia naquele estado.

Dimitri suspirou olhando para ela entediado _shiu Ahreji (anjo) não me aborreças você também_ Dimitri terminou de falar de frente para ela, falou carinhosamente e conteve o rosto pequeno de Kayhana entre as mãos era arrepiante vê-lo daquele jeito calmo, sempre que ele ativava essa versão com ela Kayhana via o medo que sentia por ele se agravar
_me deixa ir com ela_ pediu com a voz trémula mas em um tom baixo quase inaudível, Giulia não saia da sua cabeça mas como sair depois da cena de a minutos atrás? Quando acordaram as duas naquele quarto ela viu em Giulia uma mulher forte e decidida mas agora depois do que viu ela pode até ainda a considerar forte mas surge também a pena de tudo que ela teve de passar ela não sabia a história de Giulia ou o quanto ela já viveu mas viu que se tratava de uma mulher que tinha o peso do mundo sobre as costas que suportou tanto que a um dado ponto não aguentou mais e desmoronou

_você vai ficar comigo meu Ahreji, entendeu? E vai ficar calada se não eu me irrito com você também e você não quer que eu me irrite, quer?

_perguntou com os olhos fixos nos dela, Kayhana estava tão trémula que até os lábios dela tremiam, e ter o rosto de Dimitri tão perto do seu era martirizante _ Ahreji?_chamou com uma sobrancelha erguida deixado claro que queria uma resposta da mesma, ainda trémula Kayhana desviou o olhar para o local por onde Giulia passou e depois assentiu , mordendo os lábios e travando a respiração na tentativa de ão sentir a proximidade dele, estavam com os rostos tão próximos que ela sentia a respiração dele na pele, e não era exagero dizer que ela estava sentido nojo até do dióxido de carbono, e quando ele apertou com mais força o rosto dela e aproximou ainda mais Kayhana quis gritar e sair correndo, mordeu ainda mais os próprios lábios tanto que sentia o gosto metálico do sangue, as suas pernas estavam fixas no chão e ela perdeu qualquer noção de como as movimentar, _boa menina_ Dimitri falou assim que tirou os lábios que estavam pressionados e depositou o que devia ser um beijo sobre a pele da testa dela, asco... parece exagero mas era tudo que ela sentia não conseguiu se controlar e limpou a sua testa tão logo Dimitri a soltou, conseguindo apenas uma expressão debochada dele.
_onde é que nós estávamos _ perguntou Dimitri passando o dedo polegar nos lábios _já sei, vocês dois levem o meu primo a sala de tortura, vou me divertir antes de mata-lo. E vocês voltem para esse túnel, o meu primo não é burro se ele se deixou apanhar é porque tem alguma coisa muito mais importante que a liberdade dele em jogo, um dos homens quis protestar e dizer que Serguei não se deixou apanhar mas sim foi capturado graças ao esforço deles, mas um único olhar foi o suficiente para que as palavras se transformassem em apenas um suspirar de boca aberta, Kayhana dirigiu o seu olhar questionador a Serguei mas este parecia descontraído mantendo o mesmo sorriso nos lábios de quando estavam no compartimento subterrâneo
Os homens logo partiram em direção ao túnel, era incrível a sua submissão e eficiência, foram um por um tentando ser rápidos ao descer apesar das deficiências do estreito caminho de entrada
_pena que ao contrário de mim você é burro de achar que eu te deixaria descobrir facilmente o que eu estou escondendo_ não restou espaço para a compreensão de nenhuma das pessoas presentes, em um movimento com os pés Serguei  derrubou um dos homens que o segurava atingiu o outro com o cotovelo e voou, exatamente voou em direção a Kayhana que caiu junto dele, o som da queda não foi ouvido pois um muito maior foi ouvido e atrás do corpo de Serguei que protegia Kayhana objetos voavam e uma grande onda de calor chocou-se contra os corpos que queimavam-se alguns com gravidade e outros nem por isso.
Kayhana olhou ofegante para Serguei em cima dela, olhos nos olhos respirações chocando-se, sangue fervendo, lábios entreabertos e o caos em volta, mas bem... essa não era uma cena aromática, muito longe disso por isso Serguei logo tratou de levantar-se e ver o resultado do seu trabalho, tal como planeado a entrada para o túnel estava bloqueada, os que estavam mais perto da entrada estavam mortos alguns completamente queimados, e os que estavam mais longe  estavam alguns  caídos desmaiados e com queimaduras, tinham um que gritava de dor, gritando e tentando libertar a perna ferida, Dimitri estava Caído em um canto perto da escrivania tentando levantar-se. Kayhana também levantou-se olhou para o soldado que gritava ferido _vamos Kayhana não temos tempo para ser bons samaritanos daqui a pouco esse espaço está cheio de homens e eu preciso te deixar a salvo_ Serguei agarrou o braço dela e ela o seguiu correndo em direção a saída, gritou quando ouviu o som de um tiro atrás de si mas não parou de correr entre os destroços atrás de Serguei, quando já estavam na porta Serguei olhou dos dois lados do corredor tentando decidir aonde ir, não se demorou muito e foi instintivamente ao lado esquerdo e continuaram correndo
_Giulia_ falou Kayhana, ofegante querendo muito parar para descansar mas convicta de que não poderia fazer isso.
_ela está muito mais segura que nós dois agora _ respondeu Serguei, parando de correr no meio da curva ao se deparar com dois homens correndo bem na sua frente, Serguei reagiu rápido como a situação exigia, agarrou na arma de um e a bateu contra o seu rosto, e quando este largou bateu com a mesma no rosto do outro, foi uma batalha breve até os dois estarem caídos no chão um deles morto com um tiro na cabeça, o tempo de ficarem aliviados não chegou pois estavam vários outros soldados correndo na sua direção, não lhes dando outra opção se não dar meia volta e retomar a corrida mas foi só fazerem a corva para mais uma vez terem de reduzir os paços pois lá estava Dimitri junto de uma dúzia de soldados, com a camisa manchada de sangue em um dos braços, provavelmente dos pontos que foram aberto, algum ferimentos no rosto e o mais importante para Kayhana uma arma enorme na mão e a expressão de raiva.
_sabe a minha parte preferida na corrida do gato e do rato? É que o rato pode até fazer mil acrobacias mas no final é o gato quem fica de estômago cheio
A mão de Serguei ainda estava sobre a de Kayhana que tremia e respirava ofegante ao mesmo tempo
_tragam-nos_ Dimitri imperou já dando as costas
Kayhana rapidamente virou-se para Serguei e o abraçou o pegando de surpresa, ainda mais quando a mão gelada desta foi para debaixo da sua camisa mas logo entendeu quando sentiu algo ainda mais gelado pousar sobre as cos da sua calça antes que a agarrassem e tirassem de cima dele, Serguei não perdeu tempo atirou contra uma das lâmpadas que estava por cima dele, assustando alguns soldados que logo correram na sua direção, mas não antes de ele atirar nas outras duas deixando o corredor completamente escuro, gritou para que Kayhana fugisse e ele continuou atirando até ser travado.
Kayhana encostou o seu corpo a parede e ainda encostada nela arrastou-se aproveitando-se da confusão, foi agarrada por uma mão e não hesito ou pensou duas vezes antes de morder na mão que a pegava e voltar a correr até ser agarrada pelo cabelo Kayhana empurrou a pessoa que não desistiu, quando viu outros corpo se aproximarem de si com o estímulo do medo tentou chutar o meio das pernas do homem, não foi bem sucedida quanto ao local mas pelo menos o fim foi alcançado e o homem a soltou, voltou a correr ouvindo vários passos atrás de si, não olhou para trás para medir a distância tinha medo que isso fosse mais um atraso para si e continuou a correr com o coração prestes a sair pela boca, ela era cruel por estar fugindo sem Serguei? A adrenalina não lhe permita fazer esse julgamento não agora.

Kayhana viu outros soldados virem na suas direção mas estes? Estes diziam qualquer coisa e faziam gestos com as mão, o que ele queriam dizer, Kayhana mal prestava atenção neles estava parada olhou para trás e os outros estavam a dois passos de alcança-la, só quando viu os outros soldados pararem e erguerem as armas é que ela entendeu o gesto, eram para ela? Ela não sabia mas obedeceu na mesma e baixou-se escondendo o rosto sobre o joelho e tapando os ouvidos, não queria ver ou ouvir a sua morte.
Mesmo com as mãos sobre os ouvidos elas ouvia os sons dos tiros, e estremecia com eles, quanto tiros eles iam falhar até atingirem-na e o quê que era aquela coisa líquida respingando pelos seus ombros, e por que raios a estavam puxando? Pelo braço? O quê que estava acontecendo? Finalmente abriu os olhos vendo que as pessoas que a agarrava era um homem oriental e tal como ele todos os outros que ainda estavam de pé dentro da sua curta zona de alcance eram orientais tinham olhos puxados, -eu sempre achei orientais tão fofinhos para ter que morrer nos braços deles- pensou Kayhana finalmente permitindo que a levantassem do chão.
_quem são vocês? Perguntou ao perceber que não era só a nacionalidade que era diferente mas também  roupas que usavam, os homens não a responderam apenas a ergueram dos chão e passaram a correr com ela nos braços, olhou para trás e alguns deles tinham ficado para trás fazendo um escudo humano que trocava tiros com os soldados de Dimitri, Kayhana  batem com o joelho no corpo do pobre homem que ela já sabia que era um dos seus salvadores _ me solta imbecil_ gritou ela, e pela primeira vez na vida foi ouvida, pelo homem que a levou a chão e estava com a mão massageando o peito e com o rosto vermelho _desculpa falou ela antes de passar a correr junto deles, ela só não queria estar sendo carregada sabia que seria apenas mais um atraso.

_achamos ela_ ouviu alguém falar_ corredor 3, segundo andar _ encontra-mos nos lá fora _tudo bem 10 minutos.

Kayhana começou a olhar em volta havia uma espécie de escudo humano entre ela e o homem que falava pelo interfone, haviam 3 homens na sua frente cinco atrás incluindo o que ela tinha chutado, todos bem equipados e fazendo jus a frase popular armados até aos dentes, caminhavam todos a paços rápidos atentos a qualquer um que poça surgir na sua frente, não foram em direção as escadas como Kayhana esperava, entraram por uma porta que era a de algum quarto, onde tinha uma escada montada na janela os primeiros a descer foram os 3 homens da frente seguidos do homem que falava pelo interfone e depois deste Kayhana, os três primeiros homens estavam e posição de guarda quando um foi atingido por um tiro e por de trás dos três apareceram cinco homem com uma vantagem de tiro que os outro não tinham, ainda na escada Kayhana voltou a ficar assustada, olhou para os homens na parte de cima que ao em vez de estarem com as armas apontadas também estavam paralisados o que queria dizer que também estavam cercado dentro do quarto
_baixem as armas e  entregar a mulher_ avisou um dos homens, este tinha uma cicatriz gigantesca no rosto e cabeça rapada
Os soldados orientais, olharam todos para o homem do interfone buscando uma orientação ou autorização para baixarem as armas visto que estavam literalmente cercados
_para quê? Ela era só uma isca já não serve de nada_ falou o homem do interfone, desviando constantemente o olhar para o lado.
_eu repetir soltar as armas e entregar a mulher, se vocês não fazer isso já nós vamos atirar_ o homem notou o desviar constante de olhar por parte do homem do interfone que se intensificou ainda mais e olhou na mesma direção, e foi no momento em que olhou para trás que alguém o atingiu pelas costas, o fazendo perder o equilíbrio e logo depois torceu-lhe o pescoço, o mesmo homem pegou na arma e com três tiros certeiros atingiu três dos homens, e o último ficou para o homem do interfone, quando viu a cena acontecer Kayhana desceu rapidamente as escadas quase tropeçando quando ouviu mais tiros vindo de cima, escorregou pela escada recuperando o equilibrou a poucos centímetros do chão

Mas quando desceu, quando já estava com os pés pisando na relva húmida, sobre o céu das 3 da manhã, o som dos tiros trocados entre o sniper e os soldados de Dimitri, e a euforia de finalmente sair daquela casa que os olhos de Kayhana se encheram de lágrimas, lágrimas grossas e de um sentimento confuso de mais para descrever, o seu corpo voltou a tremer tanto que ela precisou morder os seus lábios para não tremerem, bem ela se julgaria depois, seria forte daqui a um ou dois minutos, faria a coisa certa para ela mais tarde, mas agora tudo o que ela queria era estar nos braços do errado, tudo o que ela queria era sentir-se em casa de novo e se sentir salva de tudo que lhe aconteceu pelo causador de tudo, céus ela estava tão errada... mas ainda assim ela o abraçou depois de um tempo parada apenas o encarando tentado descobrir se era real, se era realmente ele com aquela arma na mão parado depois de matar quatro homens, Kayhana o abraçou saiu do modo estática em um rompante e se jogou nos braços dela que logo depois da paralisia da supressa a abraçou de volta, as lágrimas grossas de Kayhana molhavam a camisa de Emir e os tremores no seu corpo estavam tão fortes que parecia estar tendo um treco.

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Acreditem esse abraço doeu mais em mim do que em vocês

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