Entregue ao Rei

Vésperas do Baile

Um pequeno capítulo bônus!

Anastasia

— Phoebe, não fica assim – peço tentando animar minha garota.
— Como posso me animar Ana, quando sei que meu pai vai se casar com a insuportável da Helena? – Phoebe indaga deitada em meu colo... Nem minhas brincadeiras a animou hoje.
— Phoebe eu te entendo, toda via você precisa fazer a sua parte por seu pai, ele está sob muita pressão – tento explicar, as responsabilidades do mundo adulto nem sempre nos levam aonde queremos, entretanto Phoebe não tem maturidade pra lidar com tudo isso ainda.
— Você gosta do meu pai Anastasia? – sua sinceridade me toma de surpresa.
— Por que você tá perguntando isso? – devolvo a pergunta.
— Porque você sempre está ao lado dele, mesmo que ele esteja caminhando para o altar com outra – ela da de ombros.
— Eu vou ser muito sincera com você Phoebe, pois você é uma garota muito esperta e especial – tomo uma inspiração profunda — Sim eu andei nutrindo alguns sentimentos por seu pai, porém sei que isso não passa de um mero sonho inalcançável – ela balança a cabeça negativamente — Toda via nunca dei em cima dele, eu sei o meu lugar – explico.
— Eu sei que não Ana, você foi a única que não fez isso – ela diz se levantando — Mas eu discordo de você sonhos são possíveis sim – Phoe me encara com os olhos marejados — Não foi por acaso que você chegou até aqui – desvia sei olhar para o chão — Venho pedindo todos os dias para que meu pai encontre alguém que possa levá-lo a amar novamente, e ele encontrou você Ana – sua declaração me deixa estarrecida.
— Imagina Phoebe, eu? – dobro minhas pernas, abraço meus joelhos — Quem sou eu para que o rei olhe para mim? – entorto meus lábios.
— Alguém especial Anastasia – ela diz com tanta naturalidade e convicção que me assusta, quando cheguei aqui ela nem queria falar comigo, e agora somos amigas, confidentes.
— Phoebe, melhor deixar esse assunto para lá – sugiro.
— Eu vejo como ele olha para você, eu nunca vi ele olhar assim para ninguém Ana – sua constatação me deixa de boca aberta.
Um fio de esperança quer se acender dentro mim, contudo, eu o enterro, pois não há um final feliz para nós dois.
— Bem já está quase na hora do chá da tarde, nós poderíamos fazer alguns biscoitos juntas o que acha? – uso minha técnica de mudar de assunto trazendo a tona outro assunto.
— Biscoitos? É parece uma boa ideia – ela concorda!

Phoebe

Eu sei que meu pai gosta da Ana só queria entender porque ele não pode simplesmente ficar com ela, ela é perfeita, amiga verdadeira, alegre, nossa são tantos adjetivos que é difícil falar sobre ela...

— Vamos lavar as mãos primeiro – Ana ordena quando entramos na cozinha tirando-me do meu devaneio.
— Sim, sim capitão – bato continência sorrindo.
— Então vamos lá soldado – Ana lança um meio sorriso.

Ana nos ensina uma receita de sua família, não é nosso tradicional biscoito mas é tão gostoso quanto.
De repente nos tornamos uma bagunça, farinha, açúcar, manteiga, amido de milho ou seja somos uma bagunça total.

— Veja a bagunça que fizemos – Gail diz esfregando o ante braço pelo cabelos.
— Eu ajudo a arrumar – Ana se oferece já que eu iniciei uma guerra de farinha vê estamos todos pura farinha de trigo.
— Está bem, mas fique tranquila vou dar algum serviço a Elliot aquele garoto anda muito folgado – Gail diz semicerrando os olhos.
— Imagina Gail, enquanto nossos biscoitos assam, Phoebe e eu, vamos limpar nossa bagunça – Ana olha para mim, eu ergo a sobrancelha com uma carinha de arrependimento se eu soubesse que iria limpar a bagunça, não a teria feito.

Limpamos tudo, enquanto isso Gail fez um chá delicioso, então resolvo servir ao meu pai, já que ele ainda está chateado comigo pelo outro dia.

— Gail eu queria servir o chá da tarde hoje – peço.
— Ótima ideia, Phoebe – Ana afirma.
— Não sei melhor não querida, seu pai está com visitas – Gail discorda.
— Por favor, por favorzinho – peço unindo as mãos em uma prece.
— Isso é manipulação Phoe – Gail mumura colocando as mãos a cintura. Lanço meu melhor sorriso — Está bem, mas você só leva os biscoitos, eu levo o chá ok?
— Está bem – concordo me sentindo vitoriosa pelo menos em partes.

Christian

Por pouco não cancelo o baile, Helena desde que chegou não para de ficar na minha cola... Até o som da sua voz anda me irritando.
Ela não cansa de falar sobre o quanto seu pai está feliz com o anúncio de nosso futuro casamento.
— Com licença – Phoebe pede licença para entrar na sala com uma bandeja em mãos... Sua oferta de paz, coloca a bandeja a nossa frente, estamos sentados eu, Helena e Lord Hyde.
— Obrigada querida – agradeço pegando um biscoitos na mão, os outros me acompanham... Dou uma mordida.
— Hum, muito bom – elogio.
— Que bom que gostou papai, Ana e eu, fizemos juntas, uma receita da família dela – observo de relance, Helena jogar o restante do biscoito no prato como se estivesse envenenado.
— São realmente muito bons – elogio mais uma vez minha filha, Helena revira os olhos, isso não passa desapercebido por mim, toda via o sorriso de Phoe reflete na sala a luz de sua inocência... Como posso me casar com alguém que não suporta minha filha?
— Phoe – Ana a chama observando as atitudes de Helena, ela nem ao menos se esforça para estabelecer um elo, criar algum vínculo com minha filha.
Isso me intriga, Helena sempre foi louca por mim, entretanto eu nunca gostei dela... E agora essa pressão sobre meus ombros de que o rei precisa de uma rainha, está me deixando desorientado.