Pequeno Príncipe

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Christian

— Eu vou leva-lá para um hospital – explodi quando ouvi mais um gemido doloroso de Ana.
— Calma majestade, esse processo é assim mesmo, se for para o senhor ir até ela, é melhor se acalmar e respeitar a vontade dela. – Ray instruiu batendo em meu ombro.
— Não aguento mais ouvir ela assim – expliquei esfregando os cabelos extremamente nervoso e preocupado com Anastasia.
— Veja bem Christian – Ray pressionou sua mão sobre meu ombro me encarando firmemente — Anastasia é uma mulher forte e cheia de virtudes, a vai conseguir passar por isso de forma, faz parte do processo ela sofrer um pouco, toda via você verá que valerá a pena, é a ordem natural das coisas filho – acenei positivamente compreendendo o que Ray estava tentando me dizer, não posso diminuir sua dor, entretanto preciso ser forte o suficiente pra estar ao lado dela nesse momento.
Inspirei profundamente tomando coragem pra conseguir voltar a acompanhar Anastasia, eu prometi a ela que estaria ao seu lado, contudo não estou sabendo lidar com seu sofrimento, eu não aguentei a pressão e simplesmente saí correndo dos nossos aposentos.
— Você tem razão Ray eu preciso respeitar a vontade dela, vou voltar lá – anúncio um pouco mais tranquilo.
— Isso majestade, volte e seja o homem que vai apóia-la! – Ray me incentiva a voltar. Sorrio enquanto caminho de volta para meu quarto!

Não tá fácil assitir Anastasia passar por tudo isso para trazer nosso filho ao mundo, entretanto é como Ray disse, ela preferiu assim, e eu devo respeitar sua autonomia e vontade.
— Vamos lá Christian sua esposa precisa só seu apoio, não de suas críticas – murmuro para mim mesmo no trajeto de volta ao quarto.
Assim que encosto a mão na maçaneta da porta ouço outro gemido, porém dessa vez não tão controlado como q momentos atrás, meu coração se dilacera.
Tomo uma inspiração profunda e entro.
— Ah... Christian você voltou – ela balbucia aí final da contração, estendendo sua mão em minha direção, eu a pego sem exitar. Sua aparência é um belo caos. Cabelos molhados por sua transpiração, seu semblante está cansado, contudo seus olhas mantém o brilho de alegria e satisfação de sempre.
— Eu estou aqui com você Ana – ela segura firme em minha mão e sorri, como ela pode sorrir em meio a toda essa dor.
— Eu sei que você não queria que fosse assim – começa a falar, interrompo levando meu indicador ao seus lábios.
— Shiu... Nada mais me importa nesse momento quero apenas que você e o bebê fiquem bem – sorrio tentando tranquiliza-la. Anastasia é uma mulher muito forte não posso subestimar ela, tão pouco a força da natureza — Nós vamos conseguir fazer isso juntos!
Ela acena positivamente, então de repente sou pego de assalto quando ela começa respirar pesadamente.
— Contração – ela avisa a obstetra dela se posiciona rapidamente.
— Ana está chegando a hora em qual posição você quer que seu pequeno chegue? – Doutora Greene indaga.
— Eu quero ficar em quatro apoios – Ana explica.
— Certo vamos lá – a Doutora concorda.
Quando a contração de Ana alivia, e cessa a obstetra rapidamente a posiciona de quatro no chão sobre um pano estendido no chão, pede que eu me posicione agaichado ao lado de Ana, segundo ela para recepcionar o bebê. Confesso fico um tanto assustado, entretanto obedeço.
— Tô sentindo uma pressão – Ana avisa.
— É isso mesmo Anastasia esta indo super bem, você já chegou aos dez centímetros de dilatação, quando sentir que for a hora pode fazer força  – a obstetra avisa, eu apenas observo, de repente me sinto ansioso.
— E você Christian fique atendo quando o seu filho chegar você irá recepciona-lo. Meus olhos saltam da órbita, é muita responsabilidade — Calma alteza, eu estou aqui – a Doutora afirma observando minha preocupação.
Então em um piscar de olhos Anastasia começa a fazer força então é possível eu enxergar a cabeça do nosso filho coroando.
— Muito bem Anastasia – a obstetra a incentiva.
— Eu já tô vendo ele Ana – murmuro ansioso pra finalmente conhecer nosso filho.
— Certo Ana, só mais um pouquinho e ele estará em seus braços – ela informa.
— Oh céus – Ana inspira profundamente — É agora – avisa. Então é possível observar sua barriga contrair, ela faz força novamente.
— Christian fique atento – a obstetra me adverte.
— Ok – então a coisa mais mágica que eu já vi em toda a minha vida acontece. — Oh céus ele, ele nasceu Ana – Anastasia geme em contentamento quando ouve um choro agudo invadir o quarto, e eu seguro meu pequeno príncipe nos braços, com lágrimas nós olhos! A emoção e inigualável. A obstetra auxilia Ana a se virar enquanto a pediatra observa nosso filho, ele acena positivamente.
Venha Christian, coloque ele nos braços de Anastasia – eu o faço com todo cuidado, enquanto passo ele para ela sorri genuínamente. Meu coração explode em alegria.
— Nasceu? – Phoebe inrrompe pelas portas a dentro indagando empolgada.
— Sim – Anastasia responde pegando o pequeno no colo — Venha querida conhecer seu irmão.
— Oh como é pequeno e lindo – diz levando as mãos ao rosto de encantada.
— Sim, ele é – sorrio ao ter ao meu redor as pessoas mais importantes da minha vida, grato por poder participar de algo tão grandioso quanto o nascimento.
— Nosso pequeno príncipe – nós sorrimos quando Ana se refere a ele assim.
— Theodore Grey – Phoebe sorri amplamente murmurando o nome dele. Nome aliás que ela fez questão de escolher.

Abraço os três da melhor forma possível e curto o momento que vai ficar marcado na minha memória por um longo tempo.
— Eu te amo – me declaro beijando a têmpora de Anastasia.

 

Entregue ao ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora