Entregue ao Rei

Eu aceito!

Christian

- Não posso acreditar - esfrego meu rosto. Eu não sei mais o que fazer.
- Tudo bem Carla obrigada, eu vou conversar com Ray para vê o que ele pode fazer, já que essa é a décima quinta em menos de seis meses.
- Até mais - encerro a ligação.

- Problemas com Phoebe? - Ray questiona ao ver a minha frustração - passo a mão pelos meus cabelos exasperado, eu simplesmente não sei mais o que fazer.
- O que você acha? - indago jogando a cabeça de lado enquanto ele me observa - Ela conseguiu fazer com que a décima quinta babá pedisse demissão em dois dias - revelo meu drama cobrindo metade do meu rosto com antebraço - Dois dias - murmuro frustrado puxando meus cabelos entre os dedos.

- Calma Christian tudo vai se resolver, dê tempo ao tempo, a garota tem apenas dez anos - Ray diz calmamente.
- Eu sei Ray, entretanto esse comportamento dela não pode continuar, como posso governar um reino se não consigo lidar com a minha própria filha? - murmuro indignado, e a culpa começa a recair sobre mim. Se Leila não tivesse morrido tão precocemente por conta daquele maldito acidente minha filha teria uma mãe, e não agiria dessa forma. Eu teria uma rainha e não estaria sobre tanta pressão.
- Aonde vai senhor? - Ray pergunta preocupado, nosso vôo sai em algumas horas.
- Preciso tomar um ar - saio da suite do hotel inspirando o ar profundamente preciso controlar o nervoso.
Eu não quero fazer o que o grão duque Lord Hyde sugeriu, colocar minha filha no internato.
Caminhando pelo corredor sinto algo se chocar contra meu corpo.
Paro atento para entender o que aconteceu...
Meus olhos sobre caem em uma jovem, uma jovem linda porém meio desengonçada atrás de um carrinho de serviços, deve ser alguma camareira. Ela fica completamente envergonhada, se desculpa sem me olhar nos olhos tapando os rosto nervosa e corando, provavelmente alguma política do hotel impede os funcionários se dirigir diretamente aos hóspedes, eu não respondo nada, apenas para ter uma chance que ela olhe para mim. Sinto um desejo repentino de olhar em seus olhos. Totalmente se jeito ela ergue a cabeça, seu olhar finalmente encontrando o meu, em súbito desespero visível ela me empurra vários chocolates como um pedido de desculpas. Eu apenas a observo, ela é a jovem muito bonita, nem seus trajes de serviçal conseguem esconder sua beleza, seus olhos azuis da cor do mar são tão vívidos e lindos. Mantenho minhas mãos para mim, ela não deve saber de quem eu me trato. Me seguro para não rir da sua forma espontânea de pedir desculpas. Me lembro que sai para tomar um ar, afirmo a ela que esta tudo bem e sigo caminhando corredor a fora rumo ao elevador.

Ray

Quando passo pelo corredor encontro uma jovem muito simpática, parece ser uma camareira, dou um sorriso simpático e ela retribuiu um tanto quanto sem graça, mas é compreensível, um velhos como eu sorrindo para uma moça tão jovem...
Sigo para o saguão do hotel a fim de encerrarmos nossa conta. Hoje mesmo nosso comitê de diplomatas estará de volta a Winchar.

- Bom dia senhorita eu gostaria de encerrar a nossa conta, por favor - peço a recepcionista do hotel.
- Ah... só um minuto senhor Steele - a jovem de pele branca, cabelos negros e olhos verdes pede educadamente.
Uma ideia louca passa por minha cabeça, poderíamos contratar uma babá americana para a menina Phoebe.
- Nancy algum hóspede da suite presidencial esqueceu isto - a mesma jovem simpática do corredor, aparece me tirando do meu devaneio.
- Ah obrigada Anastasia - observo tudo atentamente, a jovem do balcão tratou a camareira com certo desdém, não gosto desse tipo de coisa é muito injusto.
- Acho que isso pertence a um dos senhores - a jovem de recepcionista estende o relógio que pertencia a Carrick em minha direção, eu o seguro em minhas mãos.
- Tudo certo? - Christian me indaga se aproximando do balcão de informações.
- Sim a camareira encontrou isto - estendo o relógio a ele.
- Nossa tinha me esquecido do relógio do meu pai, obrigado Ray - Christian me agradece.
- Agradeça a camareira que não violou seus próprios princípios - murmuro, um relógio como esse deve ser equivalente a uma fortuna.
- Por favor, dê uma gorjeta generosa a camareira - pude perceber os olhos da recepcionista saltar ao ouvir isto, ignoro seu olhar ambicioso.
- Está bem senhor - aceno com a cabeça seguindo para o hall de elevadores.