Capítulo 5 - Não esqueça o lanche....e o ódio!

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POV Marinette

A terça havia chego e eu estava acabada. Não fazia um dia que as aulas já haviam voltado e eu já queria férias novamente.

Se o fim de semana começasse na terça e acabasse no domingo, eu não reclamaria.

Me levantei ao ouvir o terceiro grito da minha mãe. Sim, era como uma verdadeira marcha de carro, e eu não queria ficar perto quando ela atingisse o quinto. Gostava muito de estar viva, obrigada.

Me enfiei embaixo do chuveiro com o intuito de acordar, e só percebi que eu realmente estava desligada. Eu havia me esquecido totalmente de tirar o pijama, e agora eu estava molhada da cabeça aos pés mais pijama de bônus.

É assim que se começa um bom dia? Porque se for, bem...

Retirei a roupa e tomei meu banho normalmente. Corri para o quarto, fugindo do vento frio que saía da janela do quarto, e me vesti para o colégio, dessa vez sem nenhum tipo de estupidez por minha parte. Chequei até mesmo se não havia vestido a calcinha por cima da calça e o sutiã por cima da blusa.

— Aí, caceta! — Gritei, quando puxei a mochila e vi Tikki dormindo atrás da mesma. Por instantes, confundi ela novamente com uma barata e quase joguei meu caderno nela. Ela me olhou entediada.

— Não sei se um kwami pode morrer, mas você com certeza vai me fazer descobrir! — Tikki murmurou, e eu ri.

— Desculpa! Eu só não estou acostumada a ver coisinhas pequenas e cabeçudas escondidas no meu quarto! — Eu disse, e ela arregalou os olhinhos azuis. Voou até a minha cara, e fez uma careta.

— Você me chamou de que?! — Disse, em um tom bravo. Engoli em seco.

— D-Desculpa! Não queria te ofender! — Tentei me corrigir o mais rápido possível, ou sabe-se lá o que aquela Kwami iria fazer comigo! — Foi...um jeito de falar...

— Ok, ok! — Ela disse, fingindo uma careta. Peguei ela, e coloquei ela perto da minha bochecha, tentando abraça-la.

— Você é tão fofinha! — Murmurei.

— E você é bipolar! — Murmurou com uma careta, e cruzou os bracinhos. Não consegui conter o riso. — Ontem me chamou de "barata gigante" e agora eu sou fofinha?! Eu não entendo vocês humanos, de verdade!

Antes que eu pudesse me defender, ela entrou dentro da minha bolsinha. Mas...ué? Depois nós humanos que somos difíceis de se entender!

Ri, enquanto descia para a cozinha. Minha mãe estava terminando de arrumar a mesa, e se surpreendeu ao me ver acordada tão cedo. Pude tomar o café com calma, e não com a correria do dia anterior. Havia checado minha mochila, não me faltava nada!

A não ser vergonha na cara, mas isso era algo que eu não conseguiria comprar...

O pensamento me fez negar com a cabeça enquanto tomava outro gole do leite com café que minha mãe havia preparado. Limpei minha boca e depois me levantei, lhe dando um beijo na bochecha antes de sair apressadamente. Meu pai estava na padaria.

— Marinette! — Me gritou antes que eu passasse pela porta, e eu parei, lhe olhando. — Não está esquecendo de nada, mocinha?

— Hmm... — Olhei ao meu redor. Já havia lhe abraçado, dado o beijo no rosto de bom dia... — Não..

— Então vejo que a senhorita não vai lanchar hoje... — Ele disse, e balançou a sacolinha com o meu lanche. Arregalei os meus olhos e corri até ele. — Hey, calma! O lanche não vai fugir de você! Ao contrário, você quem parecia querer fugir do lanche!

Bad Habits.Onde histórias criam vida. Descubra agora